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Vocação fala mais alto
Vocação fala mais alto
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 07 de agosto de 2017FacebookTwitterInstagram
Raquel Morais - O que um servidor federal e um militar da Marinha do Brasil teriam em comum, além de uma matrícula pública? A vontade de ser padre e a coragem de largar tudo para se dedicar a essa vocação. Na última sexta-feira foi comemorado o Dia do Padre e a Arquidiocese de Niterói prorrogou os festejos para este sábado em virtude da apresentação do Bispo Auxiliar, Dom Luiz Ricci, às 9h30min, no ginásio do Colégio Salesiano, em Santa Rosa. A data será comemorada também na segunda-feira, com encontro do Clero na Paróquia Nossa Senhora do Amparo, em Tanguá.  Padre Pedro Paulo A sexta-feira, no entanto, não passou em branco no Seminário São José Arquidiocesano de Niterói, no Fonseca, onde 50 seminaristas estudam na Faculdade Eclesiástica de Teologia e Filosofia. Essa é a maior casa de formação de seminaristas da região. A segunda fica em Tanguá, é o Seminário Propedêutico, onde 10 seminaristas estão em formação. “Em Tanguá acontece o primeiro ano de preparação e acabando esse tempo, eles são trazidos para Niterói e dão continuidade à formação. Nem todos chegam ao final da formação e ao longo dos nove anos vão percebendo que não é essa a vocação e pedem o desligamento”, explicou o Padre Pedro Paulo, 37 anos, vice-reitor do Seminário de Niterói. A rotina no local é intensa, os seminaristas acordam às 6 horas e meia hora depois se encontram na Capela São José, dentro do internato. “O encontro é para oração, tempo de meditação ou missa e os futuros padres podem ir para casa uma vez por mês e nas férias. Na parte da manhã tem aula na faculdade, seguida de almoço, atividades diversas, estudos pessoais, atividades físicas e tempo de oração”, explicou o vice-reitor. Mas para quem acha que apenas de oração vivem os seminaristas, o padre Bruno Guimarães, da paróquia Nossa Senhora das Neves, em São Gonçalo, desmistifica essa lenda. “Sou vascaíno, assisto e jogo futebol e tenho uma vida normal e muito feliz. Quando estava com meus 23 anos começou a despertar no meu coração a vontade de ser padre. Larguei meu emprego federal, terminei o namoro e entrei no seminário. Foi a melhor decisão da minha vida”, explicou o padre, ordenado em 2010. “Esse ano foi o mais marcante da minha vida, quando celebrei a primeira missa e meus pais e minha avó estavam na igreja”, lembrou emocionado. E quando o assunto é a mudança de vida, o vice-reitor também contou sua história. Quinto filho de uma família de seis, começou a estudar no seminário aos 23 anos e para isso pediu baixa da Marinha. “Fiquei por cinco anos servindo como militar, mas tive que seguir mesmo a minha vocação. Tudo que eu pedi para Deus ele me deu, as coisas que queria, de trabalho até mesmo a minha vida pessoal. Sou muito feliz e se tivesse que entrar no seminário de novo e fazer os nove anos de estudos eu faria tranquilamente”, comentou padre Pedro. DOM LUIZ RICCI A apresentação do bispo auxiliar Dom Luiz Ricci foi nesse sábado (12), às 9h30min, no Ginásio Dom Bosco, no Colégio Salesiano, em Santa Rosa. Ele é natural de Bauru (São Paulo) e nasceu em 16 de maio de 1966, cursou Filosofia no Seminário Provincial Sagrado Coração de Jesus e Teologia no Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos, ambos em Marília (SP), Centros de Formação da Província Eclesiástica de Botucatu. Dom José Francisco Rezende Dias, arcebispo de Niterói, definiu os trabalhos iniciais de Dom Luiz Ricci. “Ele vai conhecer os vicariatos, com celebrações, e também a nós; a proposta é que ele vá visitar os padres em suas casas paroquiais. Temos, aproximadamente, 160 padres (…) uma visita para conhecer onde os padres moram, nessas 81 paróquias”, destacou.

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