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Venda de cerveja aumentou 11% este ano
Venda de cerveja aumentou 11% este ano
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 09 de março de 2022FacebookTwitterInstagram

“Pé na areia, a caipirinha, água de coco, a cervejinha”. A música de Diogo Nogueira faz muito sentido em dias de calor excessivo em que vale de tudo para refrescar; e a cerveja entra nessas opções, com alta nas vendas. O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) confirma essa alta em 7,7% em volume em 2021 no comparativo com 2020 com venda de 14,3 milhões de litros por ano. O faturamento do setor cresceu 11% o que girou R$ 208,8 bilhões. Em Niterói empresários comemoram as vendas, mas precisam em torno de 40% a mais de comercializações para superar o movimento do período antes da pandemia do coronavírus.

O presidente do Polo Gastronômico de Icaraí, Adalberto Caveari, explicou que a dentro das bebidas alcoólicas a cerveja é a campeã das vendas em Niterói. “A venda geral de cerveja voltou o consumo com mais pessoas circulando, apesar de que a ausência do carnaval na cidade prejudicou as vendas. As vendas estão melhores do que no início da pandemia, mas precisávamos em torno de 40% a mais de vendas para ultrapassar o movimento de antes. Igualar as vendas para o comerciante não é suficiente, pois as coisas estão muito mais caras”, frisou.

O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo. Em primeiro lugar fica a China e em segundo os Estados Unidos. A diretora da Cervejaria Noi, Bárbara Buzin, contou que também percebeu um aumento na produção. “No final de 2019 nós produzíamos uma média de 100 mil litros por mês com tendência de crescimento. Nos primeiros meses da pandemia paramos a produção. Aos poucos fomos retomando e fazendo importantes investimentos. Hoje, estamos próximos de retomar os números de 2019”, finalizou.

Índices do Sindicerv mostram que o consumo de novas versões de cervejas também tem aumentado. Já as cervejas não alcoólicas estão sendo mais consumidas, passando de 140 milhões de litros vendidos em 2019 para quase 198 milhões em 2020; e 260 milhões de litros em 2021.“Quando olhamos para 2022, o cenário macro segue instável e janeiro ainda teve impacto da Ômicron. O diferente é que, depois de dois anos de pandemia, estamos mais preparados para operar nesse tipo de ambiente”, contou Lucas Lira, diretor financeiro do sindicato.

CERVEJA ARTESANAL

O empresário Sandro Gomes, da cervejaria Dead Dog, trabalha com cerveja artesanal e também espera que 2022 as vendas melhorem. Ele reabriu seu estabelecimento, que fica no Centro de Niterói, em novembro passado, e percebe a queda do ticket médio de gasto, que antes da pandemia girava em torno de R$ 100 por pessoa e agora está em R$ 70 a média.

“Tenho uma obrigação de ter uma perspectivava positiva para a venda da cerveja artesanal. Na pandemia eu fiz um investimento de obra e ainda trouxe a minha fabricação de Resende para Niterói. Agora é só torcer para as coisas se normalizarem e as vendas alavancarem”, contou.

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