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Raquel Morais
Não é difícil encontrar valões abertos cortando a cidade de São Gonçalo. Esses córregos a céu aberto atraem muitos roedores, acumulam lixo, atraem mosquitos e moscas pelo mato que crescem em suas margens e exalam um odor insuportável, principalmente nesses dias mais quentes. As reclamações são de moradores, pedestres e comerciantes que passam ou convivem com essa realidade.
Na Rua Argeu de Almeida Soares, no Galo Branco, um valão na altura do número 1885 chama a atenção e pode se tornar uma armadilha. A quantidade de mato é tão grande que esconde parte do local e a falta de um guarda-corpo ou um muro é preocupante. Motoristas já perderam o controle da direção em dias de chuva e caíram no valão, assim como pedestres que já caíram dentro do córrego e foram socorridos por moradores.
Isso é um perigo. Eu moro nessa rua há 20 anos e sempre foi assim. Nunca teve guarda-corpo, vive cheio de mato e de lixo. Pessoas também se encondem lá dentro. A minha irmã passou mal, desmaiou na calçada e quase caiu dentro do valão. Mas teve um senhor que já caiu. Já caiu até carro na última enchente que teve. Conseguimos tirar o motorista e o carro ficou preso, contou o engenheiro Erlan Rangel de 27 anos.
Quando chove o valão em questão costuma encher e transbordar e a força da água é tão grande que até parte do muro de uma casa vizinha caiu. O morador reparou o dano com um pedaço de madeira. A auxiliar de escritório Maria Carla Freitas, 58 anos, ressaltou também que além de todos esses problemas o cheiro é insuportável, principalmente quando tem sol forte.
O cheiro chega a ficar dentro de casa. O esgoto de todas as casas da rua caem nesse valão e o cheiro sobe pelo ralo de casa. Também é muito comum ver ratos na calçada já que fica muito lixo acumulado no entorno e dentro da própria água, lamentou Maria Clara.
A Prefeitura de São Gonçalo informou que as reclamações foram encaminhadas para a Secretaria de Infraestrutura para as devidas providências.