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Representantes do Fundo Soberano Russo se reuniram com governadores do nordeste para definir a importação da Spunik V. De acordo com Camilo Santana (PT), governador do Ceará, o Fundo confirmou que enviará no início de julho as primeiras doses da vacina e que entregará até o fim deste mês (junho) o cronograma de distribuição das doses".
Niterói e Maricá já tinham deixado acordado uma intenção de compra de 800 mil e 500 mil doses respectivamente.
Foi fechado um acordo para a compra de 30 milhões de doses da Sputinik V, no entanto, os Estados não poderão, inicialmente, importar essa quantidade de vacinas, já que o uso desse imunizante foi liberado para aplicação no Brasil com restrições impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Assim, cada Estado vai receber o suficiente para a imunização em duas doses de 1% da população. Pernambuco, por exemplo, deve receber 192 mil doses; Bahia: 300 mil; Maranhão: 141 mil; Sergipe: 46 mil; Ceará: 183 mil; Piauí: 66 mil doses.
Seguindo a regra de receber a quantidade de doses referente a 1% da população, pelo último Censu, Niterói, com 515.317 habitantes, terá que receber 10.306 doses para as duas aplicações. E Maricá com 161.207 habitantes terá que receber 3.224 também para a aplicação das duas doses.
Autorização para a importação da Sputnik V
Na sexta-feira (4) foi autorizada a importação extraordinária de duas vacinas: a Covaxin, do laboratório Bharat Biotech, da Índia, feita a partir de vírus inativado, e da a Sputnik V, do Instituto Gamaleya, da Rússia, fabricada usando adenovírus. O pedido de compra da Covaxin foi feito pelo Ministério da Saúde e da Sputnik, pelos seguintes estados: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe. Niterói e Maricá fazem parte do Consórcio do Nordeste e também receberão as doses.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os governadores dos estados e os responsáveis pelas vacinas terão de assinar um termo de compromisso com as restrições. Entre elas, a vacinação apenas de pessoas de 18 a 60 anos, que não sejam gestantes ou tenham dado à luz recentemente; não tenham comorbidades; não tenham recebido transfusão de sangue nos últimos três meses nem tenham feito tratamento contra câncer nos últimos três anos.
Os rótulos precisam ser traduzidos para o português e os lotes têm que ser produzidos nas fábricas já vistoriadas pela Anvisa. A vacinação só pode ocorrer em centros de referência e as doses devem ser rastreadas, para monitorar possíveis efeitos adversos. Se alguma reação for notificada, o uso dessas vacinas pode ser suspenso imediatamente.
A Anvisa já tinha autorizado o uso de cinco vacinas no Brasil. A da Pfizer e a da AstraZeneca fabricada pela Fiocruz têm o registro permanente. Já a da AstraZeneca fabricada pelo Instituto Serum, da Índia, a Coronavac, fabricada no Instituto Butantan, e a vacina da Janssen têm autorização de uso emergencial.
A única vacina que ainda aguarda análise do pedido de uso emergencial é a chinesa Cansino. Assim como a da Janssen, ela garante a imunização em apenas uma dose. Três outras vacinas estão em pesquisa e outras três esperam autorização para o começo dos estudos no país.