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Usuário enfrenta “Via Crúcis” para obter o Cartão Nacional do SUS
Usuário enfrenta “Via Crúcis” para obter o Cartão Nacional do SUS
Foto do autor A Tribuna A Tribuna
Por: A Tribuna Data da Publicação: 23 de fevereiro de 2017FacebookTwitterInstagram
Alertado por reportagem de A TRIBUNA sobre a necessidade de todas as pessoas fazerem o seu cadastro nos Postos de Saúde para conquistar o Cartão do Sistema Único de Saúde, um cidadão tenta desde a sexta-feira (17) obter o documento que se tornou indispensável para fazer consultas e outros serviços na rede pública de saúde. Inicialmente foi ao Centro de Saúde Carlos Antonio da Silva, mas “o sistema estava fora do ar”. Disseram que ele teria de se dirigir ao posto de saúde no seu bairro, no caso, em São Domingos. O atendimento caberia ao ambulatório situado na Avenida Amaral Peixoto, esquina com Visconde do Uruguai, no terceiro andar. Lá esteve na segunda-feira, sendo informado que o atendimento era do outro lado da rua, no Edifício Araribóia, 3º andar. Lá nenhuma placa indicava a sala de atendimento, mas uma funcionária indicou uma sala onde só existiam bancos e ninguém para atender. Na porta, um aviso de atendimento, apenas das 13 às 16 horas. No dia seguinte repetiu-se a desinformação. Após 15 minutos de espera, reclamou e foi informado que o atendimento seria na frente dos elevadores. Uma funcionária mostrou um cartaz que falava sobre atendimento a crianças e referente a prontuários, indicando o atendimento na quarta e na quinta-feira, pela manhã e depois do almoço. Mas ele insistiu que precisava fazer o cadastro e não um prontuário e se surpreendeu com a informação: “Amanhã o senhor vai receber um número porque não está sendo emitido o cartão”. Uma pessoa com dificuldade de locomoção tem que comparecer pessoalmente àquele posto, situado num trecho onde os carros não podem parar para desembarque de doentes ou necessitadas de cuidados especiais. Para se inscrever, o cidadão precisa se dirigir a uma unidade de saúde mais próxima do seu local de moradia. Não há uma campanha de esclarecimento sobre a exigência do cartão ou de orientação sobre os pontos em que cada um deve se dirigir, além de faltar o bom atendimento ao público. É de se recordar que desde 1988 A TRIBUNA trouxe da Suécia esta experiência do cadastro único, com prontuário médico, medidas que vieram a ser adotadas paulatinamente e no ano passado o Ministério da Saúde condicionou a liberação de verbas para os municípios à implantação do sistema.

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