A prova masculina de triatlo, feita na manhã desta quinta-feira (18), em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, causou congestionamento nas principais ruas do bairro, em dia de feriado decretado pelo prefeito Eduardo Paes. O tráfego foi interrompido e o trânsito deu "nó", devido ao fechamento dos principais acessos ao bairro. Longas engarrafamentos se formaram em várias ruas.
O bairro se transformou em palco a céu aberto, em um grande boulevard olímpico. Os bares ficaram lotados e as calçadas, intransitáveis, em razão da grande movimentação de pessoas, vindas de diversos pontos da cidade, do país, e de estrangeiros, para assistir à prova que começou por volta das 11h da manhã.
Inicialmente os atletas nadaram 1,5 km, depois 40 km de ciclismo e 10 km de corrida. Ao final, a comemoração foi da família britânica Brownlee, com os irmãos Alistair Jonathan fazendo a dobradinha, ao ganharem as medalhas de ouro e prata da prova. O sul-africano Henri Schoeman fechou o pódio em terceiro lugar, ganhando a medalha de bronze. Diogo Schebil, único brasileiro na prova, chegou na quadragésima primeira colocação (41ª).
O menino gaúcho Arthur Braga Arnt, de apenas 8 anos, vibrou com a passagem dos atletas pela Rua Miguel Lemos, onde ocorreu parte da competição. A gente veio de Porto Alegre e eu estou achando tudo muito legal.
Cheguei no sábado e, além do triatlo, já assisti a um dos jogos de basquete da seleção brasileira, a maratona, o vôlei, o futebol feminino (Brasil e Suécia), e vi o Bolt vencer a prova dos 100 metros. O pequeno Braga estava acompanhado de toda a família. Ao lado, a mãe Carla Braga, de 47 anos, disse que alugou um apartamento em Copacabana para a família ficar mais à vontade e acompanhar melhor o evento.
Para ela, o evento está muito bem organizado, a locomoção funciona bem, e do ponto de vista da segurança, tudo ocorre muito bem até agora. E problema de segurança há em todo lugar, inclusive na nossa cidade Porto Alegre, disse, ao lado do marido Geraldo Braga, de 49 anos, e do segundo filho do casal, Pedro, de 12 anos.
Privilégio mesmo desfrutava o porteiro paraibano José Lenivaldo Pereira, de 30 anos, há 11 no Rio. Porteiro de um dos edifícios da Miguel Lemos, não teve que deixar o local de trabalho ou sequer trocar o uniforme.
Nunca imaginei um momento deste. É realmente um privilégio que eu nunca imaginei ter. Posso assistir de camarote, e trabalhando. É uma coisa maravilhosa que somente o Rio pode permitir. A cidade está em festa, os bares cheios e este vai e vem de um mundo de gente de tudo quanto é lugar e país.
Sobre o que acha dos jogos na cidade e as vantagens que ele pode trazer, Pereira não deixa dúvidas: É bom para a cidade, que está maravilhosa. Isso aí desperta muita coisa boa, desperta o pessoal lá de fora, desperta a curiosidade e trás o bem para o Rio. Muita coisa boa, disse.