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Tragédia do Ninho completa três anos de impunidade
Tragédia do Ninho completa três anos de impunidade
Foto do autor Isis Chaby Isis Chaby
Por: Isis Chaby Data da Publicação: 09 de fevereiro de 2022FacebookTwitterInstagram
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Há três anos, em 8 de fevereiro de 2019, o mundo assistiu a tragédia fatalidade que matou 10 adolescentes e feriu três no Centro de Treinamento George Helal, conhecido também como ‘Ninho do Urubu’, do Flamengo. Os oito indiciados pelo Ministério Público ainda não foram julgados até hoje.

Os garotos do Ninho dormiam quando o incêndio começou, era por volta das 5 horas da manhã de uma sexta-feira por causa do curto-circuito num ar-condicionado. As 5 e meia da manhã, o Corpo dos Bombeiros foi acionado.

O Ministério Público (MP) denunciou à Justiça pelo crime de incêndio culposo qualificado oito pessoas apontadas como responsáveis pela tragédia do Ninho do Urubu, incluindo o então presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello. Conforme a denúncia, Bandeira sabia do estado dos módulos habitacionais. Ainda segundo o MP, os outros denunciados também negligenciaram.

De acordo com o MP, houve ainda contratação e instalação de contêineres fora das normas técnicas de engenharia e arquitetura para servir de dormitório dos adolescentes, a não observação do dever de manutenção adequada das estruturas elétricas e inexistência de plano de socorro e evacuação em caso de incêndio.

A única família que não fechou contrato de indenização com o Flamengo foi a de Christian Esmério, que atuava como goleiro. Os pais de Christian aguardam o fim das investigações para aceitar os valores de pensão e indenização.

As vítimas do ninho:

Athila Paixão, de 14 anos

Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, 14 anos

Bernardo Pisetta, 14 anos

Christian Esmério, 15 anos

Gedson Santos, 14 anos

Jorge Eduardo Santos, 15 anos

Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos

Rykelmo de Souza Vianna, 16 anos

Samuel Thomas Rosa, 15 anos

Vitor Isaías, 15 anos

Flamengo inaugura capela em homenagem a jovens mortos

No dia em que o incêndio no alojamento do Centro de Treinamento George Helal, conhecido como Ninho do Urubu, completou três anos, o Flamengo inaugurou uma capela ecumênica em homenagem aos dez atletas mortos na tragédia. A construção é próxima do local onde funcionava o alojamento atingido pelo fogo. O vice-presidente-geral do clube, Rodrigo Dunshee de Abranches, dirigentes, atletas e parentes dos jovens jogadores mortos acompanharam a
cerimônia celebrada na capela. Em seu perfil no Twitter, o Flamengo lembrou os atletas mortos no incêndio, citando os nomes de todos na mensagem. Todas as postagens estão em preto e branco, significando luto.

Isis Chaby

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