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O imunizante Versamune MCTI, que é 100% nacional, foi submetido a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, as fases obrigatórias de testes para o uso da vacina são esperadas ainda este ano. Elas serão feitas em dias etapas com 360 pacientes cada.
Tendo a comprovação confirmada, um grupo de 20 mil pessoas, vai compor a fase 3 dos testes. Esperamos que os testes aconteçam ainda neste ano, pelo menos para ter uma abertura em emergência da fase 3. Havendo eficiência e segurança comprovadas, a vacina será usada aqui no Brasil, afirmou Pontes.
Cada vez que temos uma mutação, se dependermos do exterior completamente para fazer modificações, principalmente se as mutações forem com características exclusivas do país, centralizadas aqui, isso fica difícil. Demora muito tempo e perdemos muita gente. Não queremos isso. Poder controlar rapidamente a tecnologia e os insumos é essencial, argumentou o ministro.
O ministro garantiu que as áreas de farmácia, biomedicina, química e a economia nacional também serão beneficiadas pela produção de um imunizante nacional. O desenvolvimento nacional fica mais barato do que a importação, e ele produz empregos e empresas. Precisamos de todo um sistema montado para outras vacinas e outras pandemias.
Duas outras vacinas estão em desenvolvimento, já na fase pré-clínica e terão a documentação apresentada à Anvisa nos próximos meses.
Nossa estratégia funciona em três eixos. Neste ano, o eixo é comprar vacinas internacionais e aplicar na população o mais rápido possível, para cercar o vírus. Na segunda perna, estão as vacinas nacionais, que podem ajudar este ano, mas que terão papel fundamental no ano que vem. A terceira parte é a construção de um centro de vacinas que possa produzir vacinas rapidamente para outras doenças e outras pandemias. Tudo isso está sendo feito em paralelo, explicou.