Estudante é preso por plantar mais de mil pés skunk
Vítor d’Avila
Dois sítios e uma casa, onde eram cultivadas diversos pés de skunk foram estourados, na manhã de quarta-feira (27), por policiais civis, em Maricá, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As localidades eram responsáveis pelo fornecimento do entorpecente à Região Oceânica de Niterói e também na capital.
A droga pertencia ao estudante de Direito Felipe Vaz, de 31 anos, que foi preso em flagrante. Ele é apontado pela polícia como responsável pelos imóveis, que ficam nos distritos de Itaipuaçu e Ponta Negra. Foram encontrados mais de mil pés da droga.
A ação foi coordenada por agentes da 24ª DP (Piedade). A investigação apurou que o quilo da droga era vendido a R$ 30 mil, sendo que cada colheita rendia entre três e cinco quilos. Ou seja, os lucros, a cada nova safra, poderiam chegar até R$ 150 mil.
A casa e os sítios eram preparados para produzir a droga. Os locais eram protegidos em uma espécie de galpão com estufas e tinham equipamentos de ventilação, de controle de temperatura e iluminação.
O acusado foi conduzido à distrital, onde foi formalizada a prisão em flagrante. Em seguida, ele será levado ao Sistema Prisional, onde ficará à disposição da Justiça. Os mais de mil pés de skunk, que é uma derivação da maconha, foram apreendidos.
MAIS FORTE QUE MACONHA
O skunk, que também é conhecido como “supermaconha”, é uma variação da droga com maior poder alucinógeno. Isto se deve ao cultivo feito de forma diferenciada, em estufas, a fim de se obter uma maior quantidade de THC (tetrahidrocannabidiol).
Visualmente, sua aparência é a mesma da maconha tradicional, mas os efeitos no organismo são potencializados. Dessa forma, a maior concentração do THC faz com que a chance do usuário se tornar dependente seja maior.
Índices em queda – De acordo com levantamento mais recente do Instituto de Segurança Pública (ISP), as ocorrências de apreensão de drogas provenientes do tráfico apresenta tendência de queda em Maricá. Entre janeiro e novembro de 2020, foram contabilizadas 58 ocorrências, contra 11 no mesmo período, em 2019. Isto significa uma redução de 47,7%.