Wellington Serrano -
O governador Wilson Witzel se posicionou ontem sobre o projeto aprovado na Alerj que proíbe a utilização de radares de velocidade estáticos, móveis ou portáteis, que não possam ser visualizados pelos motoristas. Para Witzel, é bem possível que o número de mortes em estradas do Rio de Janeiro possa subir.
O governador afirmou que respeita o parlamento, mas afirmou que terá atenção sobre o projeto que mexe com a velocidade nas estradas. Acho que as discussões são sempre bem-vindas. O que tem que ser levado em conta é que quando se tem buraco a velocidade é menor. No entanto, depois das obras, as pessoas acham que a estrada vira pista de corrida. Então, em qualquer lugar do mundo tem que haver parâmetros. Há algumas estradas que a gente libera a velocidade, como na Alemanha, mas tem que ser planejado, realçou.
Witzel alertou para as estradas do estado que passam por dentro de cidades e disse acreditar que os engenheiros de trânsito não devem estar satisfeitos com essa mudança. Não sou especialista em trânsito, mas sim em Direito Penal, mas acredito que o índice de acidentes pode aumentar, declarou o governador.
Segundo Witzel, o processo decisório político precisa ser muito bem pensado. Precisamos pensar se essa é uma vantagem para a população que aparentemente pode não ser pega no radar, mas ali na frente pode perder a vida e o preço pode ser muito mais caro com o gasto público nos hospitais, resultado dos altas velocidades nas estradas. Por isso, é preciso muito cuidado quando se mexe em alguns parâmetros.
Ele ressaltou que vai avaliar o projeto com os especialistas para saber se irá vetar ou sancionar. Se não tiver a segurança adequada, vou pedir licença ao parlamento e exercer o meu direito constitucional de vetar o projeto, mas advirto para os parâmetros para lá na frente não sermos surpreendidos com mais violência no trânsito. Meu governo não é favorável ao caráter arrecadatório, luto pela vida das pessoas. Fica aí a dica, concluiu.