Pedro Conforte -
Os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgados esta semana, mostram que os crimes de rua têm aumentado em algumas cidades da Região dos Lagos, como no caso de Búzios e Araruama, que tiveram 333% de aumento e 159%, respectivamente, na comparação entre junho deste ano com o mesmo período de 2017. Na contramão, Cabo Frio apresentou redução de quase 50% nos roubos de rua (somatório de roubos a transeunte, de celular e em coletivo).
De acordo com os dados da segurança pública do Estado, no mês de junho deste ano 109 pessoas foram assaltadas nas ruas de Araruama, uma média de três pessoas por dia ficaram frente a frente com criminosos. No mesmo período do ano passado, o mesmo índice foi de 42 registros. Em Búzios o disparate foi ainda maior, quando o número de registros subiu de três para 13 em junho de 2018. Quando comparamos os números de todo o Estado, neste mesmo período nota-se uma queda de 7% nos crimes de rua.
Nas cidades de São Pedro da Aldeia e Saquarema, apesar de menores, também foram registrados aumentos nos índices de roubo de rua. Na primeira cidade houve um aumento de 20 para 24, enquanto que em Saquarema o número passou de 15 para 16.
Cabo Frio foi contra os índices das demais cidades e registrou queda nos registros feitos na Polícia Civil. Em junho de 2017 foram 77 casos de roubo de rua, contra 46 em junho deste ano, uma redução de 46% no volume de pessoas assaltadas nas vias da cidade.
Criminalidade caiu também em Rio Bonito
Enquanto no Estado os roubos de rua caíram apenas 7% (comparando junho de 2018 com junho de 2017) em Rio Bonito esta porcentagem foi ainda maior: a redução foi de 83%. Foram 22 casos no ano passado frente aos 12 deste ano. Outros índices mostrados pelo ISP que caíram foram o roubo e o furto de veículos. Os roubos passaram de 11 para quatro enquanto os furtos de 13 para dois, reduções de 175% e de 550%, respectivamente.
Um dos poucos registros que apresentaram aumento na cidade foram os índices de Letalidade Violenta (somatório de homicídio, auto de resistência, latrocínio e lesão seguida de morte), que pularam de nenhum caso em junho de 2017 para duas mortes no mesmo mês deste ano.