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O Estado do Rio tem 17 casos suspeitos de coronavírus, segundo anunciou nesta sexta-feira (28), o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos. Durante a coletiva, ele afirmou que foi descartada a suspeita do casal de franceses ter contraído a doença. O único caso confirmado no Brasil ocorreu em São Paulo, na terça-feira (25).
Dos 17 casos suspeitos, oito são na capital (sendo seis residentes e dois estrangeiros). Niterói (4), Maricá (1), Macaé (1), Nova Friburgo (1), Resende (1) e Nova Iguaçu (1 estrangeiro) são as demais cidades fluminenses com suspeita do Covid-19. Além dos sintomas respiratórios, os pacientes têm histórico de viagem para países com circulação ativa do vírus.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, dentro de 30 e 40 dias, será inaugurado um hospital com 75 leitos exclusivamente para casos de coronavírus. Além disso, uma outra unidade terá 20 leitos reservados para o atendimento de pacientes. De acordo com o secretário, ainda não há circulação do vírus no país. "Pela minha experiência, em algum momento, haverá a circulação do vírus. Mas, neste momento, não há".
O secretário não divulgou o nome do hospital que será inaugurado e nem a sua localização. Também não foi revelada a identificação do hospital existente que receberá os casos.
Estamos em
alerta máximo e preparados para enfrentar o Coronavírus. Desde o
início do ano, trabalhamos na organização de um plano de resposta
eficiente e ágil para enfrentar este novo vírus. E, em cerca de
quarenta dias, teremos 75 leitos reservados para o isolamento de
pacientes com coronavírus com indicação de internação
hospitalar", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Edmar
Santos.
País tem 182 casos suspeitos
O Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira (28), que realizará uma campanha publicitária para reduzir o risco de transmissão do novo coronavírus. Segundo a pasta, o foco da ação será nos hábitos de higiene e nas precauções sobre contato físico entre as pessoas. O custo previsto da ação é de R$ 10 milhões e será veiculado em Internet, rádio e televisão.
O ministério informou ainda que existem 182 casos considerados suspeitos de coronavírus no Brasil. Até a tarde de sexta, 69 casos já haviam sidos descartados e um caso confirmado em São Paulo.
Os registros de casos suspeitos estão concentrados nos estados de São Paulo (66), Rio Grande do Sul (27), Rio de Janeiro (19), Minas Gerais (17), Santa Catarina (9), Paraná (5), Distrito Federa (5), Goiás (5) e Espírito Santo (2).
O secretário de Vigilância da Saúde do ministério, Wanderson Kleber de Oliveira, disse que a partir da próxima semana a pasta também divulgará os casos prováveis para incluir as pessoas que têm contato com casos já confirmados. Segundo Oliveira, nestes casos não será necessária a realização de exames laboratoriais para confirmação da doença, que poderá ser confirmada apenas por critérios clínico-epidemiológico.
Oliveira ressaltou ainda que a melhor estratégia de combate à doença é lavar as mãos e evitar compartilhar objetos pessoais. O secretário destacou ainda que o uso de álcool em gel é uma boa estratégia, mas alertou que a população não deve entrar em desespero caso não encontre o produto. Lavar bem as mãos, as unhas, é suficiente, disse.
OMS
Dados atualizados da Organização Mundial da Saúde apontam para 82.294 casos de coronavírus pelo mundo, deste total são 1.185 novos casos.
Desde o dia 24 deste mês, 16 países são considerados suspeitos: Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura, Tailândia, Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes.
Insumos
O secretário-executivo do ministério, João Gabbardo dos Reis, afirmou que será divulgado em edição extra do Diário Oficial da União ainda nesta sexta-feira o resultado da licitação para aquisição de 21 insumos hospitalares. Entre eles, estão dois tipos de máscara (cirúrgica e N95) e aventais (P, M e G) precisaram ter a sistemática de compra fracionada.
Segundo Gabbardo, até 20 empresas poderão ser selecionadas para fornecer, pelo menos, 500 mil unidades de máscara. A preocupação da pasta é evitar a escassez de itens de segurança e de prevenção contra o novo coronavírus no Brasil.
Aplicativo
O ministério trabalha ainda na elaboração de um aplicativo para plataformas móveis em que os cidadãos poderão encontrar Unidades de Saúde mais próximas para o atendimento de casos de coronavírus.
Antes de indicar o hospital, o Coronavírus SUS fará perguntas para confirmar se realmente há possibilidade de que o paciente esteja com a doença. O público-alvo do aplicativo são as pessoas que estiveram em algum dos 16 países considerados suspeitos.
O aplicativo também fornecerá dicas de prevenção da doença. Sistema semelhante foi lançado pela pasta na Copa do Mundo, realizada no Brasil em 2014, e nos Jogos Olímpicos 2016.
PRIMEIRO CASO NO BRASIL
Foi confirmado o primeiro caso do coronavírus no Brasil, em São Paulo. É um homem de 61 anos que fez uma viagem internacional entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ele viajou para a região da Lombardia, no norte da Itália, e apresentou sintomas da doença (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza) e foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein onde foi confirmada a doença.
PROTEÇÃO
Por exemplo, de acordo com o Farmácias APP (aplicativo de vendas online) as máscaras de proteção tiveram destaque expressivo e a categoria registrou aumento de 117% no volume de vendas e de 113% no faturamento em relação a janeiro de 2019. Em grandes farmácias da cidade de Niterói os niteroienses já estão com dificuldade para encontrarem os dois itens de proteção. Em alguns estabelecimentos as máscaras já acabaram e o álcool em gel já é artigo de luxo nas prateleiras.
ECONOMIA AFETADA
A economia mundial também está sendo afetada com o surto do coronavírus em alguns países. Na semana passada o mercado financeiro teve índices preocupantes e a cotação do dólar chegou aos R$ 4,45, por exemplo. A bolsa de Tóquio, Hong Kong e Seul também caíram, a primeira em mais de 3% e as duas últimas mais de 2% cada. O petróleo também teve o preço em queda, assim como indústrias que dependem de peças importadas que estão com a produtividade afetada. No Brasil, segundo nota, o Banco Central (BC) vendeu US$ 500 milhões em contratos de swap cambial que equivalem à venda de dólares no mercado futuro ( ). O índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de