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Após reunião na nite desta terça-feira (27), entre o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, e os presidentes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Carlos Eduardo de Oliveira, e do Conselho Nacional de Saúde (CONAS), Wilames Freire Bezerra, um documento foi assinado descartando a possibilidade de adiantar a aplicação da segunda dose da Pfizer, neste momento. Apesar da alteração na bula, o intervalo de 90 dias será mantido até que 100% da população vacinável tenha recebido pelo menos uma dose de algum dos imunizantes contra a covid-19.
O Ministério da Saúde não determina essa mudança e quem executa são os municípios. Temos uma câmara técnica de especialistas composta por Conass e o Conasems que emitiu um parecer [contrário]. E tem uma câmara tripartite, com mais o Ministério da Saúde, disse explicando que o parecer técnico foi apresentado a esta câmara tripartite. O governo pode propor a mudança, mas ela só acontece quando há uma pactuação, completou o secretário-executivo Conasems, Mauro Junqueira.
A redução no intervalo de aplicação de doses da Pfizer de 90 para 21 dias veio à público na segunda-feira (26) quando o ministro Marcelo Queiroga apresentou esta possibilidade enquanto como uma estratégia para tentar barrar a circulação da variante delta.
Faltam doses
Outro aspecto que o secretário ressaltou foi a eventual indisponibilidade de doses para atender toda a população. E tem mais, em setembro, quando tiver os 100% precisa saber se vai ter vacina para poder adiantar a segunda dose de todos e reduzir o tempo. Porque depois a pessoa chega para se vacinar e não tem vacina. Então é preciso analisar. Nesta semana, ao menos dez capitais brasileiras anunciaram a suspensão da aplicação da primeira dose de alguma das vacinas contra a covid-19 por falta de imunizantes.
Neste sentido, o texto divulgado pela câmara tripartite informa que "haverá uma compensação gradual dos quantitativos de vacinas enviados de modo complementar (estados que receberam doses do fundo estratégico; estados com vacinação em municípios de fronteiras; atendimento a ações judiciais etc.) e estados com maior contingente populacional de grupos prioritários já vacinados, de modo que todos os estados deverão finalizar o processo de imunização sem que haja benefícios ou prejuízos a suas respectivas populações".