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O Prefeito Leandro Peixe se reuniu com a secretária de Saúde, Daiana Albino, para falar sobre o repasse feito ao Hospital Regional Darcy Vargas que deixou de atender a população alegando falta de pagamento por parte da prefeitura.
"O hospital nos pediu para que o valor de R$ 2.300.000,00 fosse pago adiantado para que o serviço fosse feito com mais qualidade", disse Leandro. Os serviços oferecidos pelo Hospital são cirurgias eletivas, pequenas cirurgias e o atendimento no pronto socorro.
"Começamos a perceber que alguns serviços não estavam sendo oferecidos da forma esperada", complementou.
De acordo com a secretária de saúde Daiana Albino, a prefeitura deu um voto de confiança no hospital acreditando que eles estavam se organizando para que os atendimentos fossem normalizados. "Queremos deixar claro que o Hospital Darcy Vargas não é uma instituição que pertence a prefeitura. Eles são uma instituição filantrópica que têm um convênio conosco. Nós pagamos pelo serviço ofertado. Não é o prefeito Leandro Peixe que é o gestor do Hospital. Não temos gerência sobre as ações que acontecem ali. O nosso compromisso é com os pagamentos e em contra partida a prestação desses serviços", disse.
O prefeito informou que o pagamento foi feito e foi exigida a prestação de conta dos serviços oferecidos. Pois desde que que algo é pago com dinheiro público, é necessária a prestação de contas para o Ministério Público".
Peixe disse que foi pego de surpresa quando no último dia 21 de maio uma emissora de televisão apareceu em seu gabinete perguntando sobre a não prestação de serviço por parte do Hospital. A secretparia Daiane explicou que a denúncia foi feita por uma equipe técnica que fiscaliza o hospital diariamente.
"A visita da equipe de televisão aconteceu pela manhã e a tarde nós recebemos um ofício do hospital dizendo que estariam encerrando o atendimento devido ao valor que a prefeitura não tinha pago. Lembrando que esse valor é ddo pelo governo federal para que ajude os municípios. Se eu paguei o valor antecipadamente pelos serviços que serão prestados naquele mês, como que eles alegam que vão suspender o atendimento por falta de pagamento? Não tem lógica".
INCÊNDIO NAS DEPENDÊNCIAS DO HOSPITAL
A secretária explicou que às 23h da terçafeira (25) ela foi informada sobre um princípio de incêndio no Hospital. "Nós tínhamos ali pacientes graves, então jamais o locais poderia ter ficado sem energia. Isso exigia transferência urgente. Que foi feita com sucesso. pelos funcionários tanto do hospital quanto da UPA".
"Nós pegamos uma estrutura de saúde muito comprometida. Foram 12 anos sem manutenção no prédio da UPA. Não é em 5 meses que vamos fazer um processo lícito para reformar algo que está há 12 anos se desgastando. Mas esse processo já foi iniciado".
Daiana explicou que a transferência dos pacientes em tratamento da Covid-19 para outro município já estava decidida pois o Hospital decidiu que não renovaria o contrato com a prefeitura.
CONVOCAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O prefeito Leandro Peixe disse que na última sexta-feira (28) ele foi convocado pelo Ministério Público e pelo Estado para comparecer na sede da Secretaria de Saúde do Estado do Rio para explicar o ocorrido e falar sobre essa relação da prefeitura com o hospital.
O Ministério Público interveio porque os pacientes de covid já tinham sido transferidos, depois foram transferidos os demais pacientes devido ao incêndio. Com isso o hospital fechou as portas. Mesmo assim eles tentaram reabrir. "Só que o Ministério Público não deixou e disse que eles só poderiam funcionar depois que apresentassem os laudos do bombeiro, da defesa civil e da vigilância sanitária", explicou Leandro.
A promotora esteve nesta segunda-feira (31) em Rio Bonito, e o prefeito fez a solicitação para que o Hospital volte a funcionar. "O Darcy Vargas é um hospital regional e nós precisamos do serviço dele. Quem decidiu parar de atender foi o presidente do Hospital. Meu papel, que é o pagamento, eu fiz".