O Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) avaliou o preço dos combustíveis e sugeriu para a Petrobras a redução no valor da gasolina e diesel. A queda de 5,4% será diretamente para as refinarias, que podem ou não repassar o desconto para o cliente final. Caso os postos aceitem a proposta, a gasolina deve diminuir 2,4%, ou R$ 0,09 por litro, e o diesel deve cair 2,2%, R$ 0,07/litro.
A estatal confirmou que dessa vez a diferença será em desconto no bolso do consumidor, mas depende das empresas. Isso depende de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores, dizia a nota. A queda, mesmo que em pequena proporção, já se traduz na esperança de uma melhora na economia, pelo menos no bolso do vendedor Luis Fernandes, de 34 anos. Ele vai todos os dias de motocicleta para o trabalho, do Largo da Batalha para o Centro de Niterói. Para encher o tanque da sua moto, que tem capacidade de 10 litros, o niteroiense gasta R$ 35,50, sendo o litro da gasolina R$ 3,55, no Posto Quatro Primos, no bairro São Lourenço. Com o desconto de R$ 0,09 o litro sairá por R$ 3,46 e a mesma quantidade do combustível custará R$ 34,60.
A diferença maior é sentida nos automóveis. Um tanque de 50 litros custa R$ 177,50. Com o desconto passaria para R$ 173, uma diferença de R$ 4,50, quase um litro e meio a mais. "É claro que merecíamos e precisaríamos de um desconto mais expressivo, mas estamos tão habituados a ter aumento dos preços, que quando tem um desconto o brasileiro já está comemorando", explicou Luis.
Segundo nota da Petrobras, o aumento significativo nas importações no último mês, contribuiu, predominantemente, para a redução, porque obrigou ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno. A empresa acrescentou que a política seguida tem como princípio a sua participação de mercado, que é também um dos componentes de análise considerado pelo GEMP. O GEMP avaliou ainda os fatores relacionados ao preço dos derivados no mercado internacional e a oscilação da moeda nacional. A conclusão foi que os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade internacional. Assim, de acordo com a companhia, permanece o alinhamento à política anunciada e aos objetivos do plano de negócios 2017/2021.