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A praia que estava sendo chamada de Icaraíbe pelos niteroienses (mistura de Icaraí com Caribe) mês passado, tornou-se imprópria para banho, segundo o Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea).
O boletim de balneabilidade aponta que 17 pontos das praias de Niterói, na Baía Guanabara, como Icaraí, São Francisco, Charitas e outras, estão com sinal vermelho.
Há um tempo, A TRIBUNA noticiou que a presença de uma superbactéria presente nas praias de Niterói, sendo resistentes a vários antibióticos e matando mais de 750 mil pessoas por ano no mundo. Com isso, moradores da cidade entraram em estado de alerta.
Cientistas e médicos também se preocupam como é o caso da dermatologista Clarissa de Paula Rocha Santos. Ela diz que os ricos são reais. As superbactérias são resistentes a antibióticos orais rotineiros. Essas bactérias são Staphylococcus aureus e a Klebsiella Pneumoniae, e alguns estudos demonstram que frequentadores assíduos de praias podem ser contaminados.
A médica alerta que a praia que está numa região imprópria, não deve ser frequentada. O fato de estar temporariamente imprópria não significa que nunca mais poderá servir para banhos ou recreação, mas enquanto estiver com a marcação não devemos frequentar.
De acordo com o boletim de balneabilidade divulgado pelo Inea, os pontos que são impróprios para banho são as praias de Icaraí, Gragoatá, Boa Viagem, Flechas, São Francisco, Charitas e Jurujuba. Durante um período do mês de abril, a praia de Itacoatiara, famosa por receber os surfistas, também ficou imprópria para banho, mas agora está normalizada.
Já a dermatologista Cristiane Simões, explica que as bactérias mais comuns presentes nas areias de praias vem de materiais fecais de cães, aves e gatos, e que os sintomas mais comuns que o banhista pode sentir são diarreia e vômitos.
A principal bactéria que geralmente contamina a areia, representando perigo nas atividades de recreação à beira mar, é a Escherichia Coli (E. coli). Esse micro-organismo costuma viver no intestino de mamíferos, incluindo os humanos. É importante ressaltar que, a contaminação por ingestão dessa bactéria causa sintomas como diarreia e vômitos e a pessoa deve procurar um médico.
No entanto, a especialista informa que essas bactéria não coloca a vida dos banhistas em risco e cita um outro tipo que pode ser contraída na areia.
Parasitas como bicho geográfico, podem penetrar na pele humana deixando rastros semelhantes a um mapa, provocando vermelhidão, coceira e bolhas; fungos como Microsporum canis também transmitidos por gatos e cães, causando micoses são exemplos de outras doenças que podem ser adquiridas durante as atividades dos banhistas.
Cristiane ressalta que não é preciso deixar de ir a praia por medo das bactérias, mas que é preciso ter uma atenção redobrada em relação aos idosos e crianças, evitando deixá-los por muito tempo em contato direto com a areia.
A TRIBUNA entrou em contato com a Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin), que informou que a limpeza das praias é realizada diariamente, durante a madrugada,com maquinário específico, e durante o dia manualmente pelos garis.