Assinante
Entrar
Cadastre-se
A Polícia Civil concluiu, nesta quinta-feira
(13), o inquérito sobre a morte de Renato Ribeiro Freixo, irmão do
deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), assassinado em junho de 2006,
aos 34 anos, quando chegava em casa, em Piratininga, na Região
Oceânica da Niterói.
A conclusão da investigação da 10ª
Delegacia de Acervo Cartorário (DEAC) apontou que o ex-policial
militar Fabio Soares Montibelo, ex-vereador, ex-presidente da escola
de samba Unidos do Porto da Pedra e vice-presidente da Liga das
Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), é o assassino de Renato,
além de ter tentado matar a mulher de Renato. O inquérito, já
encaminhado ao Ministério Público do Rio, concluiu que os PMs
como mandantes do crime: Marcelo dos Reis Freitas e Alexandre Ramos,
este último conhecido como Bacalhau.
Os dois policiais
militares, que trabalhavam no condomínio onde o irmão de Freixo
havia sido eleito síndico, decidiram matá-lo após serem demitidos
da função de seguranças do local. Renato os demitiu alegando que
ambos não eram legalizados para exercer a função.
Fabio
Soares Montibelo é presidente da escola de samba Porto da Pedra,
ex-vereador de São Gonçalo e atualmente é suplente na Câmara
Municipal do município. Em 2013, Montibelo foi condenado por tentar
assassinar a então mulher e o amante dela. Os PMs Marcelo dos Reis
Freitas e Alexandre Ramos são, de acordo com a investigação, os
mandantes do crime.
A Polícia Civil ouviu inúmeras
testemunhas ao longos dos mais de 14 anos de investigação, realizou
mandados de busca e apreensão e quebrou o sigilo, que ajudaram a
chegar aos autores do assassinato. Também foram identificados, de
acordo com os inspetores, que os álibis deles eram frágeis e que os
mandantes tinham motivação.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) comentou a conclusão do inquérito que apurou a morte de seu irmão.
Meu irmão foi uma pessoa brutalmente
assassinada, aos 34 anos, deixou duas filhas pequenas e uma família
completamente dilacerada. Foi uma pessoa que só fez o bem o tempo em
que teve vivo. Agora, 14 anos depois, a gente recebe a informação
de que o inquérito foi concluído. É muito tardio. Muito difícil
dizer qual é o sentimento que nós temos nesse momento, disse
Freixo.