A Delegacia de Homicídios da Capital (DH), que assumiu as investigações para esclarecer as circunstâncias do sequestro do ônibus da Viação Galo Branco, na manhã de terça-feira, na Ponte Rio-Niterói, acredita ter encontrado o celular que pertencia a William Augusto da Silva, de 20 anos, que havia sequestrado o coletivo com 39 passageiros, e que acabou morto por atiradores de elite do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).
De acordo com informes, durante o trabalho de devolução dos pertences das vítimas, teria restado um aparelho, que teria as características do celular que estava com William. O fato também teria sido informado por alguns dos passageiros, sendo que o aparelho estaria bloqueado com senha. O aparelho teria sido apreendido e encaminhado para perícia. Os agentes esperam com esse trabalho obter informações sobre os motivos que teriam levado William a sequestrar o coletivo. Durante o trabalho inicial de apuração e esclarecimento dos fatos, a polícia ouviu os depoimentos de quase 60 pessoas, entre reféns, policiais e parentes de William.
A polícia também apura outros detalhes ainda obscuros após o sequestro do coletivo, como por exemplo, porque o perfil de William foi apagado do Facebook, minutos após sua morte, fato confirmado pelo chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), delegado Antônio Ricardo Nunes. Ele afirmou, na terça-feira, que a polícia praticamente teria contatado que William teria atuado sozinho. Porém, existem indícios que contatos suspeitos dele na internet, e apuram se ele teria planejado o ataque com cumplicidade de alguém via redes sociais ou deep web (o chamado submundo da internet). Antônio Ricardo também informou que a polícia iria solicitar a família os aparelhos eletrônicos de William. A DH também analisa imagens das câmeras de segurança do ônibus para entender a ação praticada por William.