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Com base na delação premiada de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, a Polícia Federal (PF) enviou um pedido de abertura de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro Dias Toffoli, do próprio STF. De acordo com a delação na qual se baseia a PF, o magistrado teria recebido supostos repasses ilegais em troca de decisões favoráveis quando atuava no Tribunal Superior Eleitoral, entre 2012 e 2016.
Cabral afirma que Toffoli teria recebido R$ 4 milhões para favorecer prefeitos em processos no TSE enquanto foi ministro da corte (2012-2016), na qual foi presidente (2014-2016). O responsável pelos pagamentos ao magistrado teria sido Hudson Braga, à época secretário estadual de Obras do Rio de Janeiro. Na versão do delator, os repasses eram feitos para sua esposa, a advogada Roberta Rangel.
O relator do caso será o ministro Edson Fachin, que já encaminhou para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que ainda não se manifestou. Cabral fechou o acordo com a polícia após negativa da PGR e dos procuradores que atuam no Rio de Janeiro. Por meio da assessoria, o ministro refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções.
Amigo do meu pai
Esta não foi a primeira vez em que o nome de Dias Toffoli aparece ligado a ilegalidades na Justiça. Em abril de 2019, o empresário Marcelo Odebrecht apontou que o magistrado, à época advogado-geral da União, de atuar em benefício da empresa no âmbito nacional. O ministro censurou e retirou do ar as matérias dos veículos que traziam as denúncias.