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Figura que fez sucesso por décadas com o "cigarro de chocolate", o ator e diretor Paulo Pompeia, de 71 anos, morreu nesta quarta-feira (30). A notícia foi publicada nas redes sociais do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões de São Paulo (Sated-SP). Não foi informada a causa da morte.
"Mais uma notícia muito triste, o nosso amigo, ex diretor do Sated-SP, ator, diretor Paulo Pompeia faleceu no dia de hoje. Agradecemos a toda a sua contribuição as artes. A ele nosso carinho, respeito e admiração", informou o comunicado.
Da descoberta em circo ao sucesso na embalagem
Em 1959, a Chocolates Pan, tradicional no ramo dos doces, resolveu lançar um produto que dava às crianças a sensação de imitar os adultos. Daí surgiu a ideia dos Cigarrinhos de Chocolate. E a descoberta do ator se deu por acaso.
Durante visita a um espetáculo circense feito pelo Circo Garcia, um dos mais tradicionais do país na ocasião (faliu em 2002), um executivo da empresa se encantou com a interpretação do então menino de 10 anos que fazia o papel de "Palhaço Berinjela". O convite foi feito e a fama apareceu.
Após se tornar um sucesso na embalagem, Paulo também estrelou outros comerciais e passou a fazer mais comerciais. Com isso, conseguiu ajudar financeiramente a família. A imagem dele foi estampada até os anos 90, quando a foto foi adaptada e digitalizada. O cigarro deu lugar a uma foto colorida fazendo um sinal de positivo até 1999. No ano seguinte, em 2000, a imagem saiu de vez da embalagem.
Questionado se ele tinha o hábito de fumar, ele falou que nunca usou um cigarro de verdade e nunca experimentou os tais cigarrinhos por não gostar de chocolate.
Além da famosa embalagem, ele chegou a fazer algumas novelas na TV Globo, como "Perigosas Peruas" e "O Mapa da Mina". O último trabalho foi na temporada de 1999 de "Malhação".