Wellington Serrano -
O Diretório Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) deve oficializar nesta sexta-feira (17), em Brasília, durante convenção nacional do partido, o pré-lançamento da candidatura de Ciro Gomes à presidência da República em 2018. Na ocasião, tomará posse o novo diretório e a nova Executiva Nacional da legenda.
Voltando a fazer parte do diretório nacional depois de quatro anos, o pré-candidato a deputado federal Brizola Neto disse que esse reencontro será um momento muito especial em sua vida política.
Depois de duas gestões fora do diretório nacional estou retornando. Confesso que cometi excessos e errei na luta interna do partido por não saber diferenciar os aliados e adversários do trabalhismo, mas estou recebendo a generosidade da direção que está me reconduzindo ao diretório nacional. Era vice-presidente nacional do PDT e quando teve aquele processo todo da minha ida para o Ministério do Trabalho acabei rompendo com a direção, mas reconheço o meu erro e sigo com o meu princípio programático doutrinável do partido ao longo de toda minha trajetória, disse.
Brizola Neto elogiou a postura do presidente nacional, Carlos Lupi, na condução do partido. Deu uma grande liçãodo ponto de vista pessoal, de saber me acolher de volta e ter a generosidade de me receber depois de tê-lo enfrentando nacionalmente, e ainda teve a grandeza de me dar espaço generoso ao me colocar como candidato a prefeito de São Gonçalo e abrir espaço para minha volta, afirma.
O pedetista avalia que o partido está vivendo um momento interessante. A candidatura do Ciro está dando possibilidade ao partido de voltar a ser um protagonista da eleição. Claro que temos muita água para rolar, existe a possibilidade da candidatura do Lula, mas temos que reafirmar a candidatura de Ciro, pois temos espaço para crescer e para termos um projeto nacional próprio. Isso é fundamental para a força política do PDT, avalia o pedetista.
Ele diz que chegou a hora de cortar de vez a relação pendular que o ex-presidente Luiz Ignácio Lula tem com o trabalhismo. Uma hora ele se aproxima, como por exemplo, na mudança do marco regulatório do petróleo, quando ele foi lá e sujou a mão, tipo Getúlio, outra hora se afasta ataca os brasileiros ao colocar o Henrique Meirelles na presidência do Banco Central por oito anos e deixando de aproveitar um período áureo do país, lamenta.
O ex-ministro do Trabalho ressalta que Ciro Gomes é a liderança que melhor compreende a necessidade trabalhista do país. Pode recolocar o trabalhismo, primeiro, no protagonismo do corpo da esquerda e do campo popular e depois pode tornar viável o retorno do trabalhismo à condução do Brasil na presidência da República, realça Brizola Neto.