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A cadeira 12 da Academia Brasileira de Letras (ABL) já tem dono. O autor de livros como "O que é ser médico" e "No labirinto do cérebro", Paulo Niemeyer Filho, de 69 anos, foi eleito hoje (18) para a cadeira que, anteriormente, era ocupada pelo professor e crítico literário Alfredo Bosi (1936-2021)
Como o sobrenome entrega, ele é sobrinho do arquiteto Oscar Niemeyer e filho do também neurocirurgião Paulo Niemeyer,, ele disputou a vaga com o escritor e professor Dan iel Munduruku e o poeta Joaquim Branco. Niemeyer é mais um médico a figurar na ABL, que já contou com nomes como Oswaldo Cruz, Carlos Chagas Filho e Ivo Pitanguy, além de escritores formados em medicina, a exemplo de Guimarães Rosa e Moacyr Scliar.
"Entre os primeiros acadêmicos já havia um médico, o Teixeira de Melo, que ocupou a cadeira número 6. É saudável que a ABL tenha esta mistura, com escritores, advogados, diplomatas, médicos. Mais do que às letras, a Academia se dedica à cultura de forma universal. E a medicina e a ciência integram esta cultura", destaca Niemeyer.
O médico foi eleito com 25 dos 34 votos dos acadêmicos que participaram da sessão híbrida no Petit Trianon. Havia uma atenção em relação extra em relação à candidatura de Munduruku, o que poderia se tornar o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na ABL. Na semana passada, uma carta assinada por mais de cem escritores, entre nomes como Aílton Krenak, Xico Sá, Marcelo Rubens Paiva, Alice Ruiz e Milton Hatoum, foi enviada à Academia em apoio à candidatura.