Pastor evangélico é morto dentro da igreja em Itaboraí
Augusto Aguiar –
Crime de vingança é uma das principais linhas de investigação para o assassinato do pastor Custódio Gonçalves, de 57 anos, na noite do último domingo (26), no interior de uma igreja evangélica, no bairro Santo Antônio, em Itaboraí. O crime causou consternação aos frequentadores da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Apascentando Ovelhas, a qual o pastor pregava, fundada há cerca de um ano. A vítima teria sido atacada a tiros durante a realização de um culto, por volta das 20h30min de domingo. Policiais militares e civis foram acionados para o local, mas quando chegaram na igreja se depararam com o corpo do pastor e não houve tempo para tentativa de socorro. O pastor havia sido atingido por três tiros, o que gerou grande pânico entre os fraquentadores da igreja.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí assumiu a investigação do caso ainda na madrugada de ontem. Um suspeito, que seria cunhado do pastor, identificado como Elias, cunhado de Custódio, chegou a prestar depoimento na DH, que teria encontrado indícios para incriminá-lo, mas até a tarde de ontem não houve essa constatação. Amigos da vítima disseram que Custódio também trabalhava na Guarda Municipal de Itaboraí e que ele era bastante conhecido. Afirmaram não saber de nada que pudesse repreender seu comportamento, o que contrastou com um levantamento da DH, onde por trás do crime pode estar um outro crime, de “estupro de vulnerável”, contra próprio sobrinho. Nas redes sociais muitas pessoas comentaram e postaram mensagens de homenagem ao pastor e de apoio à família, como: “Que o senhor receba o nosso irmão em seu reino e lhe dê paz e o merecido descanso”.
De acordo com o titular da DHNSG, delegado Fábio Barucke, sua equipe de investigação estava apurando e checando há cerca de dois anos, o cunhado do pastor teria sido preso acusado de matar a própria mulher (irmã de Custódio), mas devido possivelmente a ausência de maiores indícios, foi libertado. Junto ao pastor passou então a criar o filho (na ocasião com 2 anos). De acordo com o levantamento policial, a criança permanecia aos cuidados de Elias e Custódio alternadamente. Há cerca de duas semanas, ao ficar com o menino Elias percebeu que a criança apresentava um estranho sangramento no ânus. Ao levar o menino para a uma unidade hospitalar, ele foi informado que o menino poderia ter sido vítima de abuso sexual. Revoltado, Elias teria procurado uma delegacia e registrado um boletim de ocorrência contra o pastor. Ao tomarem conhecimento do fato após o assassinato, a DHNSG conduziu Elias para prestar depoimento, mas o mesmo negou participação na morte de Custódio.
“Soubemos que um homem invadiu a igreja a atirou contra o pastor. Existe uma suspeita da autoria. No dia 22 de março, o cunhado da vítima (que já possuía histórico anterior) fez um registro de ocorrência na delegacia de Itaboraí, afirmando que seu filho havia sido abusado sexualmente pelo pastor. Acreditamos que a morte do pastor esteja ligada a essa fato. Elias, que pode até ter sido mandante, foi conduzido para a DH, mas ele nega. Vamos ver se a gente consegue avançar e reunir provas contra esse suspeito e assim encaminharmos o inquérito para o Ministério Público. Estamos analisando algumas imagens de câmeras de segurança. O suspeito Elias saiu da cadeia há pouco tempo, suspeito de matar a própria mulher (mãe da criança). Quando ele estava preso a criança ficou aos cuidados do pastor e acredita-se que a criança tenha sofrido abuso sexual, por isso as suspeitas do assassinato recaem sobre Elias, que saiu da prisão por falta de provas”, enumerou Fábio Barucke.
Gostei muito do que li aqui no seu site.Estou estudando o assunto,Mas quero agradecer por que seu texto foi muito valido. Obrigado 🙂