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Um pastor evangélico foi executado a tiros, na noite de quarta-feira (5), no bairro do Galo Branco, em São Gonçalo. Segundo relatos de testemunhas, a vítima, identificada como Wesley dos Anjos Gomes de Azevedo, seria proprietária de uma empresa de telefonia e internet na região. Essa possibilidade está sendo investigada pela Polícia Civil, que também tanta identificar os executores.
Segundo informações da corporação, policiais militares foram acionados ao Pronto Socorro Central de São Gonçalo (PSCSG), no Zé Garoto, para verificar a ocorrência de uma pessoa que morreu após dar entrada baleada. No local, um amigo de Wesley relatou que eles conversavam na Rua Antônio Toledo, altura do número 330, quando um carro passou e atirou contra a vítima. O amigo, então, socorreu Wesley à unidade de saúde.
O caso foi registrado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG), que deu início às investigações no mesmo dia do crime. Familiares e conhecidos já foram ouvidos pela especializada. Os depoimentos dão conta de que Wesley supostamente seria o dono da empresa. A DHNSG investiga o fato e, caso seja confirmado, também será apurado se essa empresa seria regularizada ou clandestina. A suposta empresa não teve o nome divulgado.
Ainda de acordo com o depoimento de testemunhas, Wesley era pastor e pregava em uma igreja evangélica da região. Uma equipe especializada em local de crime esteve na rua onde a vítima foi baleada para buscar elementos que ajudem a desvendar o crime, entre eles possíveis câmeras de segurança. Entretanto, os policiais não conseguiram localizar equipamentos do tipo.
A investigação também trabalha para descobrir os autores e, consequentemente, a motivação do crime. Há indícios de que o automóvel usado pelos criminosos seria fruto de um roubo. Uma possível proprietária do veículo foi localizada pela especializada e será chamada para prestar informações que ajudem a confirmar se o carro usado de fato é o dela.
Negócio lucrativo
A criminalidade tem explorado serviços de telecomunicação em inúmeros bairros de São Gonçalo, seja por meio de ligações clandestinas ou até mesmo sequestrando antenas. Um dos métodos usado pelas quadrilhas, segundo relatos de populares à polícia, é aliciar usuários de drogas para que cortem cabos de operadoras regularizadas para que o "gatonet", controlado pelos criminosos, seja a única opção.
Além disso, um total de 26 antenas de telefonia celular, atualmente, estariam sob o domínio de bandidos, em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Rio de Janeiro. O que, vale dizer, sequestradas, já que os criminosos estão pedindo pagamento de resgate às operadoras de telefonia. O sequestro das antenas está afetando os serviços de telefonia e internet móvel e fixa, prejudicando um total de 126 mil usuários nestes quatro municípios do RJ.
Questionada, a Polícia Civil confirmou que há investigação sobre o caso, em andamento, na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco). Em nota, a corporação faz questão de ressaltar que tem atuado fortemente no combate às milícias e demais organizações criminosas que atuam no território fluminense.
A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais, das unidades especializadas e distritais, tem atuado fortemente no combate às milícias e demais organizações criminosas que atuam no território fluminense. Investigações estão em andamento para identificar e prender os autores dos crimes citados, assim como receptadores de materiais subtraídos. Operações e ações fiscalizatórias têm sido feitas com frequência para reprimir tais atos ilícitos, diz a nota.