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Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 6,56%
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA a inflação oficial do país) deste ano subiu de 6,31% para 6,56%. A estimativa está no Boletim Focus de ontem, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.
Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,8%. Para 2023 e 2024 as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.
O cálculo para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
No mês passado, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Ainda assim, com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7% ao ano. Na semana passada, essa previsão era de 6,75%. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica mantenha esse mesmo patamar. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.
BRASIL, SEM EDUCAÇÃO FÍSICA, ABANDONA ÁREAS OLÍMPICAS
Deplorando o fraco desempenho nas Olimpíadas, o Brasil é um gigante adormecido que não pratica esportes como atividade física fundamental para o desenvolvimento sadio das crianças e dos adolescentes, ou para a preservação da saúde dos adultos.
As escolas e até mesmo as universidades contam com adequadas quadras esportivas como no campus da UFF, nas históricas escolas públicas como o Liceu e o IEPIC e como o gigantismo do Complexo Caio Martins, todos ociosos. No passado, a prática da educação física era obrigatória, especialmente na rede pública.
As primeiras e modestas medalhas conquistadas em Tóquio foram em esportes não desenvolvidos como práticas educacionais: skate e judô.
Mas o Brasil está se destacando em outros campos: na expansão e descontrole da pandemia, no desempenho da prática da corrupção na área oficial e no mundo do crime e nas ameaças ao valor mais sagrado: a liberdade democrática ou no desenvolvimento da cultura do desemprego, do racismo, da homofobia, da fome e de patrocínios a programações culturais que não prezam os valores humanos ou as tradições populares.
Fraqueza das equipes
O país de 215 milhões de habitantes, dos verdes campos, do azul dos mares, lagoas e rios espalhados em 8,5 milhões de km² só conseguiu levar 301 atletas gabaritados à Tóquio, dos quais apenas 174 estreantes. Os demais são veteranos: 18 campeões olímpicos e 31 medalhistas, quando mais jovens.
Esta simplicidade não pode ser atribuída, à pandemia, ao fuso horários de 12 horas e ao fato das disputas ocorrerem do outro lado do mundo, longe do Atlântico e do verão ou nem mesmo à falta de verbas públicas.
Entre Tóquio e o Rio
Em 2016 a Olimpíada foi disputada na admirável capital brasileira que dispersou bilhões de dinheiros públicos com obras faraônicas, deixando um Parque Olímpico abandonado e com obras até hoje não concluídas.
A atraente cidade mais desejada do país só contou com 465 atletas na sua delegação, não inscritos em todas as modalidades e quando não estavam incluídos nos jogos competições como o skate, um esporte difundido em Niterói pela A Tribuna e Jornal de Icaraí com a primeira competição, em 1976, quando também promoveram o 1º Campeonato de Surf em Itacoatiara e o 1º Passeio de Ciclismo, à partir de Icaraí, além do 1º Torneio de Iatismo .
Na olimpíada de 2016 a delegação brasileira conquistou sete ouros, seis pratas e seis bronzes, num total de 17 medalhas
Estamos longe
Nas Olimpíadas de Tóquio estão participando 220 países - muitos deles, nanicos e pobres- estando em disputa 339 medalhas.
Os gigantes asiáticos começaram com destaque superando só antigos sucessos dos EUA, que muito estimulam os esportes nas Universidades- ou da pequena Cuba, dos Tempos de Fidel Castro.
O mundo amarelo está superando a Europa e mantendo em plano de inferioridade o mundo árabe e a empobrecida África, pouco acima dos latinos do hemisfério sul das Américas.
Saudades brasileiras
A Tribuna vem publicando uma série de reportagens de autoria de Gabriel Gontijo revivendo fatos dos 80 anos do Complexo Caio Martins.
Quando o interventor Amaral Peixoto promoveu a inauguração, o campo de futebol foi palco de demonstrações de educação física, dança e empolgante desfile reunindo mais de mil colegiais, empolgando os professores de educação física e os pais, na cidade de modestos 146 mil habitantes.
Foi o início das célebres e movimentadas Olimpíadas Colegiais realizadas anualmente com muita empolgação prévia e comemorações posteriores nas grandes e pequenas escolas. Os preparativos eram marcantes, com treinos, amistosos e esmero no trato dos uniformes colegiais.
No fim da década de 50 a antiga Federação dos Estudantes Secundários de Niterói (FESN) promovia, na gestão do prefeito Wilson de Oliveira e como entusiasmo do seu chefe de gabinete, Alair Pereira, as Olimpíadas Estudantis,com provas também em clubes e em colégios.
A degradação veio com a expansão imobiliária.
HOMENAGEM
O secretário municipal de Obras e Infraestrutura de Niterói, Vicente Temperini, recebeu, ontem, o título de Cidadão Benemérito, concedido aos naturais do município que tenham prestado serviços ao Município, ao Estado, à União, à democracia ou à causa da Humanidade. A homenagem foi prestada pelo vereador Renato Cariello em cerimônia na Câmara de Vereadores.
O secretário municipal de Administração, Luiz Vieira, representou o prefeito de Niterói, Axel Grael, na solenidade.