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Os servidores federais não deverão ter reajuste neste ano, disse ontem (9) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, o governo federal não conseguirá dar aumento ao funcionalismo público em 2022 e que um eventual reajuste poderá ocorrer mais à frente, após a aprovação da reforma administrativa.
O governo federal não conseguiu dar aumento para o funcionalismo, mas reduziu impostos para 200 milhões de brasileiros, declarou Guedes em evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Logo ali à frente vai ter aumento para todo mundo, mas agora estamos em guerra ainda.
Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o Congresso precisaria aprovar, até 30 de junho, reajustes que reponham perdas com a inflação. Para cumprir esse prazo, no entanto, o governo precisaria enviar um projeto de lei ou medida provisória ao Congresso no fim de maio ou na primeira semana de junho.
Desde o fim de abril, a equipe econômica estudava a possibilidade de conceder um reajuste linear de 5% aos servidores federais, que teria impacto de R$ 6,3 bilhões neste ano. No início desta semana, o detalhamento dos cortes no Orçamento não havia incluído o aumento ao funcionalismo.
Durante o evento, o ministro Paulo Guedes prometeu um reajuste mais adiante, por meio de uma reestruturação de carreiras proposta na reforma administrativa. O funcionalismo federal está contribuindo extraordinariamente com o Brasil. Eles estão entendendo que logo ali à frente vai ter aumento para todo mundo. Nós vamos fazer a reforma administrativa, nós vamos fazer a reclassificação de cargos que eles querem, declarou.
Greves - Atualmente, diversas categorias do funcionalismo federal estão em greve ou em operações padrão. Órgãos como Banco Central, Tesouro Nacional, Secretaria de Comércio Exterior, Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e Ministério do Trabalho e Previdência estão em greve, executando apenas atividades essenciais. A Receita Federal está funcionando em esquema de operação tartaruga.
O Orçamento de 2022 foi aprovado com R$ 1,7 bilhão para reajustes ao funcionalismo. Em dezembro, o presidente Jair Bolsonaro tinha falado que pretendia usar o dinheiro para elevar os salários dos agentes federais de segurança, mas em janeiro disse que as categorias que poderiam ter o reajuste ainda não estavam definidas. No mês passado, Bolsonaro afirmou que cogitava transformar o reajuste das forças federais de segurança em reestruturação de carreiras.
LAVOURA, SEM DÓLAR, ALIVIA A FOME
Após um período de oportunismo com elevações de preços acompanhado a bandeira de cotações internacionais, os produtos tirados do solo brasileiro começaram a cair na realidade de não dependência à variação da taxação do dólar.
A cesta básica teve uma alta de 67% durante 12 meses, agravando seriamente o gigantesco universo de 33 milhões de brasileiros - 15,5% da população em situação de deficiência nutricional, sendo 14 milhões passando fome.
A escalada inflacionária com as altas do petróleo, da energia, dos remédios, dos planos de saúde, de pedágios, transporte aquaviário, etc, pode ter um ritmo mais baixo, graças aos produtos e serviços locais.
Uma contribuição forte vem sendo dada pelo trabalho braçal em nossa terra com redução média de 3,22% no custo de hortaliças e de 2,3% nas frutas, durante o mês de abril. A redução da intermediação e redução do combustível, bem como do pedágio rodoviário, poderá representar um a redução maior para atender, especialmente, a quem está passando fome.
Segurança na orla
O arrombamento de um banco na Ilha da Conceição, com perda de R$ 400 mil, trouxe ao debate a falta de vigilância ao longo da costa da Baía de Guanabara.
A quadrilha chegou às duas da manhã, em quatro carros e um caminhão, este usado para bloquear a única via de acesso, próxima de uma unidade da PRF.
A quadrilha fugiu de barco e não existe uma Patrulha Marítima, mesmo com a alta de incidência de crimes no mar.
Em 1961 houve episódio semelhante. Uma quadrilha saiu e ia voltar à Baia para tomar um barco em Magé, após assalto a um banco em Rio Bonito.
O prefeito da época, Edmundo Campelo, informado, cercou a cidade e das janelas, moradores dispararam tiros e mataram quatro assaltantes. Da quadrilha só escapou um, que ficara à espera dos comparsas, num carro, em Magé.
Auxílio canino
Condoído por ver pobres conduzindo carrinhos catadores de papelão e o fiel amigo na garupa, uma figura solidária imaginou fornecer uma cesta básica ao dono do animal de aparência negativa.
Ao buscar desvendar os vários tipos de rações e de preços, assustou-se com a média de R$ 280.
Preferiu, então, comprar uma cesta básica humana porque o trabalhador vai alimentar o cão como que sobrar.
Táxis mais barato
A permissão para os tradicionais táxis de Niterói adotarem o sistema de aplicativo, já vigente na capital, vai gerar a possibilidade dos passageiros economizarem nas tarifas para enfrentamento da concorrência dos aplicativos do estilo Uber e 99.
As cooperativas de motoristas já fizeram o cadastro da frota por elas coordenada e até remeteu os primeiros chips para os táxis.
Mas boa parte não sabe detalhes da operação estando informada apenas da possibilidade da concessão de valores taximetrados em 20 ou 40%, segundo a opção de cada um.
São 1,7 mil táxis comuns na cidade e eles não sabem se terão de usar os atuai pontos base, nas ruas, como de cada um.
Cadê os táxis?
Há uma semana a reportagem tem buscado atendimento noturno, constatando ser um jogo de sorte encontrar um carro livre após as 22 horas.
No bairro do Ingá, em Niterói, existem quatro pontos de táxi e é difícil encontrar pelo menos um deles parado.
O jeito tem sido a velha ginástica de esperar longamente numa via, acenando para ter a sorte de algum observar o aceno.