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Raramente, os eleitores emitem seus votos demonstrando conhecimento e afinidade com as tendências declaradas pelos partidos: direita e suas variações; centro, com imagem moderada e variada; ou esquerda, com as variações do gênero esquerda democrática, esquerda socialista ou o radicalismo da extrema esquerda.
Os candidatos, especialmente a mandatos majoritários, buscam se apresentar como símbolos da unidade, aliando-se às mais variadas tendências, apesar da impossibilidade de integração de decisões sobre temas altamente conflitantes. Não definem programas de governo e quase sempre não tem alternativas a apresentar para melhorar o debate ou oferecer novos rumos à política e à gestão.
O eleitor não sabe os caminhos a serem seguidos no Poder pelos candidatos, em meio à miscelânia de tendencias unidas na busca de ascensão política.
DIREITA E ESQUERDA
A constância de alusões a posturas de direita, centro e esquerda, não é conhecida pela grande maioria do eleitorado.
O comportamento dos partidos e dos eleitos aumenta a incompreensão.
A definição das políticas econômica e social segue tendencia de comportamento claros, no exercício do poder. Mas esta clareza é invisível na prática. Esquerdistas não denunciam os caminhos à direita, nos momentos do voto parlamentar e da formulação do comportamento governamental.
A inaceitável dolarização da economia, a inflação artificial, os grandes lucros de empresas estrangeiros ou de aplicadores de capital não produtivo, as causas do alto desemprego e das distorções salariais (especialmente no serviço público) não encontram um posicionamento claro dos que só falam em interesses nacionais e populares nas vésperas do processo eleitoral.
O eleitor é iludido e a desilusão é a causa maior do analfabetismo político dos povos.
CONSERVADOR E PROGRESSISTA
Outra definição de tendências política pouco avaliada é a postura conservadora ou progressista.
Os julgadores políticos, consideram como conservadores aqueles defensores da continuidade do status quo vigente. São os defensores das normas capitalistas e dos que estão no poder ou dele se beneficiando. São concentradores da riqueza, indiferentes às mudanças para o equilíbrio social, ainda que baseadas em ensinamentos cristãos. Sobrepõem o interesse do lucro acima da necessidade do bom uso dos recursos naturais. Defendem privatizações até de setores indispensáveis à segurança nacional.
Os conservadores, não querem a taxação dos lucros extraordinários, das remessas de lucros excessivos para o exterior ou a redução das desigualdades sociais, mas aceitam tapar buracos com programas de auxílios para evitar uma explosão social.
Os progressistas, aspiram a evolução social para todos que participam do progresso nacional. São atividades de campanhas salariais, e defendem cooperativas de consumo e de produção sem a concentração do poder econômico, ainda que desenvolvido através da expansão de empresas controladas por conglomerados de fácil acesso ao capital.
Defendem o tabelamento de preços e a restrição às exportações, quando o mercado interno do país, celeiro do Mundo, está enfraquecido pelo desabastecimento.
A busca pelo nosso voto
Niterói e São Gonçalo somam 1.080.00 votos, superando a importância eleitoral de cinco Estados brasileiros que, na soma, elegem 15 dos 81 membros do Senado Federal.
Os dois municípios fluminenses têm poucos representantes na Câmara Federal.
O Estado de Roraima, com modestos 345 mil eleitores; o Acre com 533 mil; e o Amapá com 525 mil contam, cada um, com oito deputados federais. Tocantins, com 1.037.070 eleitores; e Rondônia, com 1.165.420, também integram a lista dos Estados que enviam oito deputados à Câmara Federal.
A maior representação é de São Paulo, onde 31,8 milhões de eleitores são representados por 70 deputados federais. O RJ é o terceiro, elegendo 46 membros para a Câmara dos Deputados.