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Painel: ‘A escolha de Sofia’
Painel: ‘A escolha de Sofia’
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 29 de outubro de 2021FacebookTwitterInstagram
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‘A escolha de Sofia’

Pode-se considerar que talvez a situação vivida no passado seja mais confortável do que a presente. Roberto Jefferson (foto), presidente nacional do PTB, não só convidou Bolsonaro para a sigla, mas adotou a postura bélica do chefe da nação, replicando seus discursos mais radicalistas, e acabou preso. ´

Ciro Nogueira, do Progressistas, e Ministro-chefe da Casa Civil, uniu o ‘Centrão’ em torno do presidente, deu-lhe a necessária governabilidade, e espera leva-lo de volta à legenda onde ele passou o maior tempo de sua carreira política.

E o presidente nacional do PL, o ex-lulista Waldemar Costa Neto, foi vai ou racha: após escancarar as portas da legenda à Bolsonaro, ameaçou romper com o governo caso a escolha do presidente seja outra.

Quando não tinha opções, estava mais fácil para Jair decidir. Agora, qualquer escolha, entorna o caldo, pois agrada a um e desagrada a dois.

Preterido no passado, querido no presente

Em 2018, ainda deputado federal, Jair Bolsonaro precisava, desesperadamente, de uma legenda que lhe desse garantias de disputar a presidência da República. O único partido a lhe abraçar foi o então nanico PSL, que hoje soma a segunda maior bancada da Câmara Federal.

Nenhum grande partido o queria como postulante ao executivo nacional e, de certo modo, o desdenhavam. Nem o Progressistas, anteriormente PP, por onde ele, em 2014, foi o deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro, com quase meio milhão de votos.

Abraçado pelo PSL e tendo conquistado a aliança com o também nanico PRTB, que indicou o General Hamilton Mourão para ser vice em sua chapa, Bolsonaro conseguiu viabilizar sua candidatura. Sua coligação tinha apenas 17 segundos de espaço na propaganda eleitoral no rádio e na TV. E mesmo sem o apoio dos principais caciques da política nacional, foi eleito presidente da República.

Agora, a menos de um ano da eleição e sem partido, Bolsonaro é disputado de forma pública e calorosa por 3 legendas: PL, Progressistas e PTB. Nem lembra aquele político desprezado, que fazia parte do baixo clero, a quem poucos davam atenção nos corredores do Congresso.

Blefe

Há quem duvide que Waldemar Costa Neto realmente tivesse interesse na vinda de Bolsonaro. Pode ter sido uma jogada estrategicamente planejada, para que o PL pudesse não dever nada a Bolsonaro e partir pra formação de outras alianças, seja com Lula ou com Rodrigo Pacheco. O PL não tem pretensões nacionais, mas possui interesses em diversos estados, como o Rio de Janeiro, com as reeleições de Claudio Castro e Romário.

Progressistas

A legenda que estaria na preferência de Bolsonaro seria o Progressistas. No entanto, Bolsonaro deseja garantias de apoio à candidatura do vice-presidente Hamilton Mourão ao governo do estado do Rio de Janeiro; de Tarcísio de Freitas, ao governo de São Paulo; e de Eduardo Pazzuelo, em Roraima. Quer, ainda, garantias acerca das indicações de candidaturas ao Senado em estados de seu maior interesse. As teve.

Bom lembrar que o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), tem sido aliado de primeira hora do presidente, e engaveta mais de uma centena de pedidos de impeachment contra Bolsonaro.

Governador à deriva

Enquanto Jair Bosonaro não decide seu futuro partidário, Cláudio Castro fica com o seu indefinido. Ele precisa saber o que é menos pior: Mourão candidato no Rio, com apoio do PP e de Bolsonaro; ou a entrada de Bolsonaro no PL, com mútuo apoio. Sabe-se que Castro gostaria de administrar uma distância de segurança na caminhada com o presidente: nem muito perto, nem muito longe. Estar no mesmo partido de Bolsonaro, para ele, é perder importantes aliados no RJ e deixar de construir outras alianças.

Vai reabrir

A partir deste sábado (30), o Campo de São Bento volta a funcionar com todos os portões abertos. Este era um anseio da população niteroiense.

Decisão acertada

A obrigação do uso de máscaras em locais abertos caiu na capital, mas felizmente, Niterói e São Gonçalo não seguiram o exemplo. Na ex-capital fluminense, só em janeiro do ano que vem. Sempre é melhor prevenir do que remediar.

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