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Em cerimônia que ocorreu na tarde desta quinta-feira (14), José Mauro Ferreira Coelho tomou posse como novo presidente da Petrobras. O mandato é de um ano, e o executivo substitui o general Silva e Luna, que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, por causa do reajuste no preço dos combustíveis. Marcio Weber também assumiu a presidência do Conselho Administrativo da estatal, no evento.
No entanto, Ferreira Coelho não deve mudar a política de preços da estatal, e sinalizou a manutenção do modelo de gestão adotado em 2017.
Em 2014, a dívida bruta da Petrobras era de US$ 160 bilhões, uma das maiores do mundo corporativo. Hoje, com o novo modelo de gestão da empresa, é de menos de US$ 60 bilhões. A gestão da dívida abre espaço para que façamos investimentos, disse em discurso.
A redução da dívida, mencionada pelo novo presidente da Petrobras, está vinculada à política de preços. Na época, com a gestão de Pedro Parente, a estatal adotou o preço de paridade de importação, ou PPI, para definir o valor da gasolina e diesel nas refinarias. Esse tipo de modelo é orientado pelas oscilações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
Os seguintes reajustes aliviaram o caixa da estatal, e que culminaram na saída de Silva e Luna elevaram o preço da gasolina para quase oito reais nos postos de combustíveis. O dólar em patamares elevados e o valor crescente das commodities desde 2021 também impactaram. Ferreira Colho prometeu na sua gestão que a comunicação da empresa será aperfeiçoada.
"É uma gestão que valorizará o aperfeiçoamento da comunicação, principalmente o aperfeiçoamento da comunicação externa. Buscaremos maior interação com a sociedade, temos que entender a importância que essa empresa tem para o brasileiro e muitas vezes não conseguimos ter uma comunicação que chegue de forma palatável ao povo brasileiro", afirmou.
A indicação de Ferreira Coelho e Marcio Weber por parte de Jair Bolsonaro ocorreu após as desistências do economista niteroiense Adriano Pires, e o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim. Ambos declinaram os convites por conflito de interesses para a presidência da estatal, e do conselho de administração, respectivamente.
Foto: Ferreira Coelho discursa na cerimônia de posse - André Ribeiro / Agência Petrobras