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O prefeito de Niterói Rodrigo Neves visitou nesta terça-feira, dia 30, as obras do novo Mercado Municipal de Niterói após a conclusão da primeira fase do trabalho. Na etapa inicial, foi realizada a recuperação e impermeabilização do telhado, o reforço estrutural e reforma de colunas, restaurando os traços de art déco. O espaço tem abertura prevista para novembro e terá 180 lojas.
O
Mercado Municipal é considerado uma das ações prioritárias do
plano de retomada econômica de Niterói, de acordo com o
prefeito.
É
um projeto que vai gerar centenas de empregos e novos negócios. E
gostaria de destacar um outro fato: vamos recuperar um patrimônio
histórico da cidade, que ficou degradado por mais de 40 anos, em uma
região que ficou abandonada e depreciada por décadas. Esse é um
lugar que está no coração e na memória afetiva dos niteroienses.
Vamos devolver um espaço totalmente modernizado e com várias
atividades. Além disso, teremos a requalificação do entorno, com
um projeto paisagístico e urbanístico para a recuperação dessa
região, explicou o prefeito.
Está
prevista para agosto a abertura do período para locação das lojas
que vão ocupar o Mercado Municipal. No mês seguinte, deve ser
concluída a reforma do prédio principal. Por fim, a requalificação
do entorno do espaço deverá ser finalizada em outubro. Sendo
cumprido o cronograma, a previsão é que o Novo Mercado Municipal
seja entregue à população em novembro.
Nós
teremos aqui floriculturas, uma vila cervejeira e outras atividades
que hoje não existem em Niterói. Será um espaço lindo, às
margens de uma avenida importante como a Feliciano Sodré e que até
o fim do ano vai estar gerando emprego e renda, recuperando mais uma
área da cidade, afirmou Rodrigo Neves.
O
Mercado Municipal funcionou de 1930 a 1976. Após ser fechado,
funconou ali o Depósito Público Estadual. O edifício está
recebendo um trabalho meticuloso e feito com cuidado para manter
todas as características da arquitetura neoclássica do lugar. O
imóvel, que possui uma área de cerca de 9,7 mil metros quadrados,
faz parte de um conjunto arquitetônico da região portuária de
Niterói e estava desativado há cerca de 30 anos.
Segundo
o secretário municipal de Governo, Comte Bittencourt, o projeto,
além de permitir a recuperação do entorno da Avenida Feliciano
Sodré, servirá como uma referência comercial para o interior do
estado.
Nova
Friburgo é o segundo produtor de flores do país, só perde para
Holambra (SP), e hoje o produtor de lá leva suas flores para a
Cadeg, no Rio. Com o Novo Mercado Municipal de Niterói, ele terá um
ponto muito mais próximo da sua área de produção. E é um prédio
com valor histórico imensurável para a cidade, disse o
secretário.
A
prefeitura municipalizou o mercado e lançou uma Parceria Público
Privada (PPP) para a revitalização. A ideia é que o local se
transforme em um dos principais espaços gastronômicos, de cultura,
lazer e turismo do Estado do Rio de Janeiro.
A
Prefeitura de Niterói fez a modelagem do projeto e a concessão do
espaço em troca da reforma. A concessionária é responsável e vai
explorar economicamente o espaço, sob regulação do poder público.
A intenção é trazer produtos típicos de municípios do Leste
Fluminense, da Região Serrana, e fazer do novo Mercado Municipal uma
referência de venda para esses produtos, que são a cara do estado
do Rio, disse a secretária municipal de Fazenda, Giovanna
Victer.
O vencedor
da licitação foi o consórcio Novo Mercado, que será resposnsável
pela gestão do espaço por 25 anos. O investimento do consórcio
será de R$ 69 milhões em três anos, sendo R$ 30 milhões já na
reforma do atual prédio.
O
térreo do mercado será um espaço para comercialização de frutas,
incluindo espécies raras e de cultivo orgânico, verduras, legumes,
produtos tradicionais da região, açougue, empórios especiais,
produtos gourmet, queijos, laticínios e especiarias. No mezanino
ficarão restaurantes, cervejarias artesanais e adega.
Na
segunda fase, serão construídas uma nova praça e um centro
cultural, além de um de edifício garagem com 300 vagas. Todo o
local contará com medidas de sustentabilidade, como o uso da luz
natural, reaproveitamento de água de chuva e telhado verde.