Quem tem que comer na rua sabe que os preços encontrados em Niterói estão mais salgados a cada ano e a pesquisa Preço Médio da Refeição Fora do Lar, realizada anualmente pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), corrobora com o que já é visto nas ruas. Os números divulgados ontem mostram que Niterói tem o almoço mais caro do Estado, com preço médio de R$ 40,08, seguido da capital fluminense, com R$ 39,74.
De acordo com a pesquisa, a média nacional ficou em R$ 34,84 em 2018, mostrando que Niterói se encontra bem acima da média. O estudo foi feito em 22 Estados e no Distrito Federal, num total de 51 municípios, e coletou quase 6,2 mil preços de pratos, no período de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019. Foi considerado o preço da refeição composta por prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café, na hora do almoço, em estabelecimentos que aceitam voucher refeição como forma de pagamento.
O estudo é um termômetro importante, que auxilia as empresas a ponderar sobre o valor do auxílio concedido ao trabalhador. Além disso, serve como referencial para garantir que quem recebe o benefício possa ter acesso a refeições de qualidade, nutritivas e equilibradas, afirmou Jessica Srour, diretora-executiva da ABBT.
Em terceiro lugar no ranking de almoço mais caro está Macaé, com o valor médio de R$ 36,81 e em quarto, São Gonçalo, com R$ 34,82. De acordo com a pesquisa, a variação de preço de um ano para outro foi diretamente impactada pela realidade econômica de cada município. O país vem atravessando uma fase de econômica pouco aquecida, o emprego e a renda ainda não se fortaleceram e isso afeta diretamente o desempenho dos estabelecimentos. Mais do que qualquer outro segmento, restaurantes são sensíveis a qualquer oscilação, pondera a diretora-executiva da ABBT.
O Sudeste se mantém como a região mais cara para almoçar fora de casa. Apesar de o aumento do custo no preço dos alimentos ter sido o principal responsável pela inflação no ano passado, o reajuste do preço médio do almoço do trabalhador no País ficou em 2,1%, abaixo do índice de 3,75% apurado pelo IPCA/IBGE no mesmo período. No comparativo com as cidades da Região Sudeste, Niterói fica com a medalha de bronze em relação ao almoço mais caro, perdendo apenas para as cidades capixabas de Serra e Vitória.