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Niterói retoma nesta terça-feira (04) a aplicação da segunda dose da vacina CoronaVac em idosos a partir de 69 anos. A vacinação vai ocorrer na Policlínica de Itaipu, Policlínica da Engenhoca e no drive thru da UFF, no Gragoatá, das 8h às 17h. A entrada é permitida até 16h. No Campo de São Bento o horário é das 9h às 16h. Na quarta-feira (05), a segunda dose será aplicada em pessoas a partir de 69 anos. Na quinta (06) e sexta (07) é a vez dos idosos a partir de 68 anos. A aplicação da segunda dose é restrita às pessoas que receberam a primeira na cidade.
O secretário municipal de Saúde de Niterói, Rodrigo Oliveira, lembrou que para receber a segunda dose é preciso levar um documento de identidade com foto e o comprovante de vacinação com a primeira aplicação. Ele afirmou ainda que o adiamento da segunda dose não vai interferir no processo de proteção, por isso é fundamental receber o imunizante mesmo que o prazo tenha se ultrapassado.
A gente já esperava que chegassem por agora novas remessas de CoronaVac para a segunda dose por parte do Ministério, mas que não se confirmou. Esse pequeno atraso não afeta a eficácia da vacina, então não deixe de tomar a segunda dose quando o imunizante chegar e em breve vamos anunciar o novo calendário, esclareceu.
Ainda de acordo com o secretário, a aplicação da segunda dose da vacina AstraZeneca está mantida em todos os postos.
Estamos iniciando hoje uma nova fase que, de acordo com o Programa Nacional de Imunização, é dedicada às pessoas mais jovens, mas que possuem comorbidades e alguns grupos prioritários que são de atividades essenciais. Quem tem comorbidades, além do documento de identidade é preciso apresentar documento recente do médico atestando aquela condição, destacou.
O Ministério da Saúde distribuiu um lote com 6,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19
no fim de semana, mas foram apenas 420 mil doses da CoronaVac. O Instituto Butantan, que produz o imunizante, divulgou ontem que uma nova remessa será entregue na próxima quinta-feira (5) ao Ministério da Saúde, com um lote de um milhão imunizantes para todo o Brasil, o que não deve mudar tanto o quadro de escassez.
Outras cidades sofrem com escassez
A Prefeitura de Maricá retomou ontem a vacinação com as 480 doses da CoronaVac que havia recebido no fim de semana, mas as doses não duraram muito e acabaram logo nas primeiras horas da manhã. O fim das doses de CoronaVac em São Gonçalo gerou confusão no Polo Sanitário Hélio Cruz, no Alcântara, no início da tarde de ontem. Quem estava na fila se revoltou com a situação e foi registrado um tumulto, com algumas pessoas chegando a atirar pedras contra a unidade de saúde. Agentes da Ronda Ostensiva Municipal (Romu) foram acionados para controlar os ânimos.
De acordo com a Prefeitura de São Gonçalo, houve um aumento na procura no Hélio Cruz por conta da vacina ter acabado nos outros locais e as equipes orientavam a procurar o posto, porque era um local central e deveria ter mais doses do imunizante. O aumento da demanda acabou por terminar com doses e a população acabou se revoltando com a falta do imunizante.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo informou que mais de 3 mil doses da CoronaVac foram destinadas a seis unidades de atendimento ontem, exclusivamente para aplicação da segunda dose. Contudo, a procura maior que nas últimas semanas fez com que o imunizante se esgotasse rapidamente. A vacinação será retomada assim que o município receber novas doses da CoronaVac.
A vacinação com o imunizante Astrazeneca segue normalmente nos doze pontos de vacinação, tanto para a primeira dose quanto para a segunda, neste caso, para quem já tem 12 semanas de vacinado com a primeira. A secretaria de Saúde alertou para que os munícipes cheguem aos locais de vacinação meia hora antes do término da vacinação, para melhor gerenciamento das doses.
Punição por atraso - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu ontem (3) que os gestores públicos que forem responsáveis pelo atraso da aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 sejam punidos por improbidade administrativa.
Para Lewandowski, a falta da imunização pode frustrar a confiança das pessoas no Plano Nacional de Imunização (PNI) e pode caracterizar ato de improbidade, pois caso precise reaplicar as duas doses haverá desperdício material e humano. Não se trata de uma decisão oficial, mas o alerta foi direcionado a governadores e prefeitos que alteraram os grupos prioritários previstos no PNI.