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Pela primeira vez no Brasil, sucesso por mais de 30 anos na Inglaterra, tendo se apresentado para mais de meio milhão de pessoas no Pavillion Center de Liverpool, The Wall é considerado pela crítica especializada, uma das mais importantes obras do cenário musical de todos os tempos, para muitos, a verdadeira obra prima da banda britânica Pink Floyd.
O musical inglês chega ao Brasil em novembro. Será apresentado dia 19 (sábado) na Praia de São Francisco. Antes, no dia 6 (domingo) o espetáculo estará no Vivo Rio. A turnê passa também em São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Juiz de Fora e Joiville.
Take do filme de Alan Parker, 1982:
Transportada para os palcos, transformou-se num aclamado musical que vai estar no Brasil em novembro.
O espetáculo segue o projeto original levando ao palco atores, músicos, cantores, acompanhados por uma super produção, envolvendo lasers, iluminação primorosa e tecnologias de última geração na sonorização.
Será o quinto e último espetáculo da Série Cinema no Palco Ao Vivo de 2022, produzido por Top Cat e Vesbim Media Corp. Dirigido por Alan Veste, co-produzido por Rachel Barrett, prima de Syd Barrett, fundador e cantor do Pink Floyd substituído por David Gilmour em 1967.
O espetáculo narra a vida de Pink, que por inúmeras declarações de Roger Waters (criador do The Wall) foi intencionalmente inspirado em Syd Barrett.
O filme The Wall, de Alan Parker, ganha vida. Com projeções, imagens emocionantes, e uma iluminação incomparável, cada membro do elenco e todos os músicos envolvidos prepararam um espetáculo impecável, feito atentamente para trazer esta obra-prima um marco em todo o mundo.
Sendo Pink uma estrela do rock, muitas vezes é procurado por pessoas, que buscam a identidade dele como artista e não de realmente quem ele é. As histórias selvagens em torno do guitarrista e vocalista original do Pink Floyd, Syd Barrett, incluindo suas escapadas drogadas e posterior retirada do mundo, forneceram a Waters, a inspiração necessária para construir o personagem o rock star angustiado, depressivo e genial. Pink.
O fracasso mais recente nessa verdadeira conexão com alguém é seu próprio casamento, quando em turnê, ele descobre que sua esposa em casa está o traindo, Pink fica paranoico e louco, construindo um muro entre o mundo em sua mente e o mundo real. A questão é se ele ou qualquer outra pessoa pode fazer qualquer coisa para derrubar a parede de uma forma significativa.
Pink Floyd The Wall é um dos álbuns mais intrigantes e imaginativos da história do rock. Desde o lançamento do álbum de estúdio em 1979, a turnê de 1980-81, e o filme subsequente de 1982, The Wall tornou-se sinônimo, se não a própria definição do termo "álbum conceitual". Explosivo e complexo de se repetir nos palcos, Alan e Rachell Barrett retratam esta trajetória, repleta de intervenções curiosas e cuidadosamente interpretadas, dando uma conotação única a esta peça antológica.
Pink é um astro do rock que consome drogas para poder fazer uma imersão e alimentar suas paranoias, e assim, construir uma parede imaginária que o separe do mundo real. Ele recorda sua relação de dependência materna, a morte de seu pai e os castigos de seus professores, construindo e demolindo definitivamente uma parede metafórica. Embora o simbolismo do filme esteja aberto à interpretação, a parede em si, reflete claramente uma sensação de isolamento e alienação.
O Roteiro
O musical inicia sua trajetória, mostrando Pink como um jovem inglês crescendo no início da década de 1950, demonstrando claramente sua carência da figura paterna ("Another Brick in the Wall, Part I").
Mexendo nas coisas do seu pai, descobre um pergaminho do "carismático e gentil Rei George" e muitas relíquias do serviço militar e pertences (When the Tigers Broke Free, Part 1). Um destes itens é uma bala de fuzil, e está colocada cuidadosamente no trilho de um trem, e nele percebe pessoas desconhecidas andando dentro dos vagões.
Já na escola, ele é pego escrevendo poemas em sala de aula e se vê constantemente humilhado pelo professor, que revela-se abusivo com os alunos. Isto ocorre em consequência de sua esposa ser igualmente abusiva com ele! ("The Happiest Days Of Our Lives), que lê um poema (parte do versículo 2 da canção "Money").
Em sua paranoia, recheada de metáforas, Pink percebe um sistema escolar opressivo no qual as crianças caem em um moedor de carne. As crianças então se rebelam e destroem a escola, excluindo o professor enviando-o para um destino desconhecido ("Another Brick in the Wall (Parte 2).
Pink também é afetado negativamente por sua mãe superprotetora ("Mother"). Inúmeras experiências traumáticas são representadas como ("bricks") na parede criada metaforicamente, em torno de si, afastando-o da sociedade ("Empty Spaces").
Adulto, Pink se casa, mas ele e sua esposa rapidamente se separam. Pink descobre que sua esposa está tendo um caso ("Young Lust"). Ele então se volta para uma fã (Jenny Wright), e a leva para seu quarto de hotel apenas para provocá-lo e destruí-lo. Surtado, aterroriza a fã que foge do quarto ("One of My Turns").
Após a saída em prantos da menina, Pink entra em uma profunda depressão ("Don't Leave Me Now"). Depois de destruir a televisão com sua guitarra, ele jura que não precisa de mais ninguém. ("Another Brick in the Wall, Part III"). Com isso, mentalmente completa a parede que começou a construir para proteger suas feridas ("Goodbye Cruel World").
Em sua sequência alucinatória, Pink fantasia que ele é um ditador e seu concerto é um comício neonazista.
Nazi-Pink realiza um comício, e procura por pessoas diferentes, "bichas", idiotas, e ordena-os "contra a parede". ("In the Flesh"). Seus seguidores começam a atacar minorias étnicas ("Run Like Hell"), e Pink realiza um comício no subúrbio de Londres ("Waiting for the Worms"). A cena é intercalada com imagens de martelos animados marchando que atravessam ruínas. Pink então para de alucinar e grita "Pare! e se refugia em uma cabine de banheiro no local do concerto, recitando poemas que mais tarde seriam usados em outros discos do Pink Floyd.
Em sequência repleta de animações, Pink se coloca em julgamento ("The Trial"). Ele é retratado como uma pequena boneca de pano rosa que raramente se move. O juiz é um par gigante de nádegas, com duas pernas viradas para trás, um ânus como a boca e um escroto para um queixo.
O advogado é um homem alto, ameaçador, parecido com um abutre e o professor é uma marionete abusiva e odiosa. Depois de ouvir as partes e testemunhas (esposa e mãe de Pink), o juiz ordena que a parede seja derrubada. Após um silêncio prolongado, a parede explode e mostra uma montagem de eventos de toda peça teatral e Pink é ouvido pela última vez gritando. O filme termina com três crianças limpando uma pilha de escombros após um motim anterior ("Outside the Wall"). Não se sabe o que aconteceu com Pink, deixando o espectador decidir.
Misturando animações clássicas, e sequências semelhantes a sonhos para sugerir a percepção de Pink sobre o mundo, inúmeras técnicas de iluminação, uma competente banda de rock e vários atores, complementam com um formidável repertorio musical, criado pelo Pink Floyd, excluindo completamente a necessidade de diálogos na apresentação. Venha, divirta-se com a música.
Tente entender o Muro criado por Roger Waters e interpretado em nossos palcos por Alan Vest Rachel Barrett.