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Motoristas e demais funcionários dos sistema de ônibus municipais do Rio de Janeiro decidiram decretar greve nesta terça-feira (29), em assembleia na noite de hoje (28).
A alegação dos rodoviárias é de que não houve reajuste salarial nos últimos três anos, além dos valores dos benefícios precisarem de atualização.
Entretanto, as viações informaram que no mesmo período não tiveram reajuste tarifário, e que não há subsídios para o sistema. Além disso, para as empresas a prefeitura do Rio não faz o combate ao transporte clandestino, o que impacta no equilíbrio econômico dos serviços.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários não houve conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) nesta segunda (28), porque as empresas não ofereceram proposta e ainda pediram a suspensão do estado de greve por 70 dias. Para o Ministério Público do Trabalho (MPT), o prazo estabelecido é muito longo. No entanto, pediu aos rodoviários para aguardarem até a próxima segunda-feira, no dia 4 de abril, para ver se as negociações avançam.
O sindicato que reúne as empresas de ônibus, a Rio Ônibus, disse em nota que repudia o movimento, e que os aumentos não dependem apenas das companhias.
"O Rio Ônibus repudia o movimento grevista, que prejudicará toda a sociedade carioca. A ação, que tentou ser impedida pelo Rio Ônibus por liminar judicial, não resolve o problema da classe, e agrava a atual crise de mobilidade na cidade do Rio. Mesmo em meio às dificuldades financeiras já conhecidas pela população, as empresas têm priorizado o pagamento dos rodoviários e a manutenção de seus empregos. O reajuste de salários depende de ações externas, já que três dos quatro consórcios se encontram em Recuperação Judicial. O Rio Ônibus pede que os profissionais não façam adesão à paralisação e retomem seus postos de trabalho, atendendo a população, até que haja resultados dos diálogos mantidos com a Prefeitura, na busca por soluções para o setor".