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O caso envolvendo os pelo menos oito corpos encontrados em uma área de mangue no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na manhã desta segunda-feira (22), está sendo acompanhado pela Defensoria Pública. Moradores da região afirmam que as vítimas foram mortas pela Polícia Militar durante ação na noite de domingo (21).
Por meio de nota, a "Defensoria Pública do Rio de Janeiro informa que recebeu, por meio de sua Ouvidoria Externa, ainda na noite de domingo (21), relatos sobre a violenta operação no Complexo do Salgueiro. A instituição informa que sua Ouvidoria comunicou o fato ao Ministério Publico, para a adoção de medidas cabíveis a fim de interromper as violações. E que o órgão também está em contato com as lideranças locais prestando orientações necessárias.
Nesta segunda-feira (22), às 14h, representantes da Ouvidoria e defensores do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) irão à comunidade, junto com outras instituições de direitos humanos, coletar informações sobre o ocorrido para as medidas, inclusive judiciais, que se fizerem necessárias em defesa dos moradores, vítimas e seus familiares."
Recordando
Depois de um final de semana agitado em São Gonçalo, com a morte de um Policial Militar e uma idosa ferida, a manhã dessa segunda-feira começou com pelo menos oito pessoas mortas em Itaúna, no Complexo do Salgueiro.
Os corpos foram retirados da localidade conhecida como manguezal e segundo relatos nas redes sociais o clima é tenso e de pânico. Parentes não podem entrar para reconhecer os corpos e até mesmo os militares do Corpo de Bombeiros foram impedidos de irem ao local. A Polícia Militar está na área e não há novos confrontos.
Desde as primeiras horas da madrugada desta segunda, circulam, nas redes sociais, áudios atribuídos a moradores do Complexo no Salgueiro denunciando um possível massacre. De acordo com o conteúdo das mensagens, policiais teriam matado suspeitos de integrar o crime organizado na região e tentado ocultar os corpos em uma área de mangue.
No sábado (20) o 2º Sargento Leandro Rumbelsperger da Silva, de 40 anos, foi morto em uma operação no Complexo do Salgueiro para combater uma denúncia de baile funk ilegal. Ele deixou esposa e dois filhos. O enterro aconteceu no domingo (21) no Cemitério Memorial Parque Nycteroy, no bairro Laranjal.
No domingo (21) uma idosa de 71 anos foi baleada, identificada como Carmelita Francisca de Oliveira foi socorrida por vizinhos e levada para o Hospital Estadual Alberto Torres, no bairro Colubandê, mas já teve alta.