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A morte de animais envenenados em Maricá continua assustando os moradores de alguns bairros. Desde mês passado, maricaenses estão registrando mortes de cães e gatos por envenenamento, ou pelo menos, com as mesmas características desse tipo de morte. Durante sessão ordinária na Câmara dos Vereadores, o assunto chegou a ser discutido em plenário.
Nas redes sociais a maricaense Andréa Gomes fez um desabafo após perder seu cachorrinho Zeus no dia 28 de julho.
Tiraram a vida do meu bebê. Um cão saudável, amado, tranquilo, que entrou na minha vida há quatro anos. Meu orgulho, minha razão de sorrir. Quando chegava em casa ele era o primeiro que eu via. Agora sair de casa é como passar pelo vazio. Entrar já não tem a mesma alegria, dizia o post.
Então meu desabafo é um alerta desesperado para que todos cuidem dos seus cães. Esse assassino não escolhe raça, é pelo prazer de matar. Não pude salvar meu filho, mas quero que vocês não sofram como eu. Observe suas câmeras e se verem alguém suspeito, denunciem. Me ajude a descobrir quem é esse maldito, completou.
Não vou deixar esse assunto morrer e eu quero que a polícia e a prefeitura se manifestem sobre esse caso. Eu perdi meu cachorro dentro da minha casa. Ele estava no canil e ele tinha uma vida toda pela frente. Ele era amado, um doce e muito bem amado. Esse assunto não vai ser esquecido, afirmou a comerciante, que tem mais 14 cachorros na sua casa, na Praia de Itaipuaçu.
O ambientalista e defensor da causa animal, Gerard Sard, disse que está inconformado com essa questão e está deixando seu cachorro de estimação trancado dentro de casa com medo de o seu amigo de quatro patas seja a próxima vítima.
Vou montar um ofício e mandar para a Prefeitura pedindo para que se faça um monitoramento, através da secretaria de proteção de animal em parceria com a guarda municipal ambiental. Deve ser dado subsídios através desse monitoramento para as investigações da Polícia Civil, contou.
A movimentação também está sendo feita por quem não perdeu nenhum animal, como é o caso do contador Marcelo Cerqueira de Almeida, que fez um registro na delegacia 82ª DP sobre os casos de envenenamento. Os tratadores de animais procuraram o articulador e está representando essas pessoas.
Queria que a Prefeitura de Maricá se envolvesse na questão através Coordenadoria Especial de Proteção Animal, e ela tem que se manifestar sobre isso. Enquanto nada acontece os cachorros estão morrendo, frisou.
A Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento na 82ª DP (Maricá). Os agentes aguardam o depoimento de moradores da região que ajudem a identificar a autoria do crime. Já a Prefeitura de Maricá foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.