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O baterista Beni Borja, que tocou na primeira formação da banda Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens, um dos pilares do rock/pop Brasil dos anos 80, morreu nesta quinta-feira (23) provavelmente de enfarto em Teresópolis. A banda foi uma das dezenas lançadas pela extinta Rádio Fluminense FM.
Pelo que me foi contado, Beni passou mal, pegou o carro e deve ter tido um infarto. O carro saiu da pista, relata Bruno Gouveia, amigo do baterista e vocalista da banda Biquini Cavadão.
Carlos Beni Carvalho de Oliveira Borja ficou conhecido no meio musical como baterista do Kid Abelha e dos Abóboras Selvagens. Antes disso, no entanto, ele já tocava em uma banda com o baixista e compositor Leoni, chamada Chrisma.
Leoni conheceu Paula Toller na PUC, George Israel foi visto tocando saxofone em Búzios, e Bruno Fortunato assumiu a guitarra no lugar de Pedro Farah, guitarrista do Chrisma que foi morar no exterior. Beni, como ficou conhecido, dava seus primeiros passos no rock nacional.
É dele a bateria em Por que não eu? e Pintura íntima, do disco de estreia do Kid Abelha, Seu espião, mas deixou a banda, que seguiria com bateristas contratados, para percorrer outros caminhos, sempre ligados à música. Seus créditos como compositor também apareceriam pela primeira vez em Seu espião, com a coautoria de Hoje eu não vou, Fixação (um dos grandes sucessos da carreira do Kid) e Homem com uma missão.
Pouco após deixar o Kid Abelha, Beni produziu a primeira demo do Biquini Cavadão, com as músicas Tédio e No mundo da lua (e Herbert Vianna emprestado na guitarra), e conseguiu boa execução das faixas na rádio Fluminense FM. Lembra Bernardo Araújo, jornalista. A partir daí, ele se tornou empresário e produtor fixo do Biquini, com o qual compôs sucessos como Vento ventania, do disco Descivilização, de 1991.
Por: Luiz Antonio Mello