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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma notícia-crime contra o senador Flávio Bolsonaro pelo uso indevido da Receita Federal, para usar na sua defesa no caso das "rachadinhas".
Segundo denúncia do jornal Folha de São Pulo, o órgão teria gastado R$ 500 mil para investigar funcionários a pedido de Flávio. Por isso, Lewandowski pediu a PGR apurar se houve tal movimentação de servidores dentro da máquina administrativa, que tentaram provar supostos vazamentos contra o senador do Rio de Janeiro.
[...] Com efeito, o jornal Folha de São Paulo, em sua edição de 23 de fevereiro de 20221, trouxe à baila a comprovação de um crime que já se divisara meses atrás, consistente no uso da máquina administrativa do Governo Federal (Receita Federal do Brasil e Serpro), de forma ilegal e arbitrária, por um Senador, filho do Presidente da República, para coletar dados e informações que pudessem favorecer a defesa jurídica do referido Parlamentar, acusado de chefiar uma organização criminosas que atuava na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (quando era Deputado Estadual), desviando vultosos recursos dos servidores de seu gabinete (Rachadinha), disse o ministro do STF.
Na quinta-feira, a PGR instaurou três apurações preliminares para decidir se abrirá ou não uma investigação contra o parlamentar. Ainda de acordo com a reportagem citada pelo ministro, o presidente Jair Bolsonaro junto com seus advogados buscaram ajuda de órgãos do governo federal para tentar reunir mais provas e, assim, anular as investigações contra o filho.