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O Corpo de Bombeiros realiza, nesta quarta-feira (5), mais um dia de buscas ao pescador John Randson Ribeiro, de 29 anos, desaparecido desde a noite de segunda-feira (3). Ele pescava junto a um amigo na Baía de Guanabara, altura do Barreto, Zona Norte de Niterói, quando a embarcação onde estava foi atingida por um rebocador que transportava uma balsa.
De acordo com os Bombeiros, agentes do Grupamento Marítimo de Botafogo, especializado neste tipo de ação, atuam na região. Eles recebem apoio de mergulhadores do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) e do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), que enviou um helicóptero para auxiliar na procura. Além disso, a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro está investigando o acidente.
Até o começo da manhã desta quarta, John não havia sido encontrado. De acordo com seu amigo Lívio Paranhos, que também estava no barco e conversou com a reportagem de A TRIBUNA, John é pescador profissional estava acostumado a pescar naquele local em embarcações pesqueiras. Lívio relatou os momentos de pânico, momentos antes da embarcação pesqueira ser destruída pelo navio.
A gente alugou um barquinho na entrada do Barreto, numa colônia de pescadores próximo do [estaleiro] Renave. Nos deslocamos para pescar próximo das boias até que a gente parou e, de repente, apareceu uma embarcação muito grande vindo muito rápido. O John pegou os sinais, começou a sinalizar mas a embarcação não reagiu e seguiu avançando na nossa direção. Naquele momento de desespero a gente remou no sentido oposto, mas ela fez uma conversão na nossa direção, relatou Lívio.
De acordo com Lívio, o navio era o Rio Trovão, da empresa Camorim. A embarcação estava rebocando uma balsa, de acordo com a testemunha. O pescador afirma que, durante os momentos de tensão, orientou que seu amigo pulasse. Ele alega que, após conseguir se salvar, ainda tentou procurar o amigo pelas águas, sem sucesso.
O John me deu um tapa no ombro e perguntou o que fazia. Segurei na mão dele e falei para pular. Eu pulei, mas não o vi pulando. Dei duas braçadas, olhei para trás. A embarcação estava flutuando e o navio se aproximando. Não o vi mais desde então. Eu fechei os olhos nas últimas braçadas esperando o atropelamento. Depois que o navio passou eu nadei em círculos para procurar o John, prosseguiu.