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Vereadores de Niterói discutem alta abstenção nas eleições
Vereadores votam dois vetos do prefeito Axel Grael
Vereadores de Niterói discutem alta abstenção nas eleições
Foto do autor Anderson Carvalho Anderson Carvalho
Por: Anderson Carvalho Data da Publicação: 29 de outubro de 2024FacebookTwitterInstagram
Divulgação

Na primeira sessão plenária após o segundo turno, nesta terça-feira, 29, os vereadores de Niterói retomaram as votações, mantendo vetos parciais a dois projetos de lei de autoria de parlamentares. 

Também discutiram a alta abstenção do eleitorado no último domingo, 27, de mais de 122 mil e consideraram que a população não acredita mais na classe política.

Vereador Fabiano Gonçalves espantado com a alta abstenção em Niterói/Divulgação

A discussão foi iniciada por Fabiano Gonçalves (Republicanos). 

“Na maior cidade da América Latina, São Paulo, mais de 2,9 milhões decidiram não votar. Superou a votação de Guilherme Boulos. Não foi diferente em Belo Horizonte e Niterói. Tivemos 122 mil pessoas desconsideraram o domingo de eleição de segundo turno. E mais 16 mil pessoas anularam o voto ou se abstiveram de votar. O que está acontecendo com a democracia brasileira?”, perguntou.

Segundo o parlamentar, desde as manifestações populares de 2013 a população passa por uma ruptura. 

“Uma grande parte escolhe os extremos. E quem fica nesse meio opta por não votar. Isso é alto sintomático. Essa quantidade absurda de abstenção, demonstra para nós, que somos políticos, que para onde estamos caminhando não está dando certo”, continuou. 

O parlamentar, contudo, observou que boa parte dos eleitores está rejeitando os extremismos. 

“Logo, a gente começa a entender que essa rivalidade existencial, extrema direita, extrema esquerda, no que tange às cidades, não prevaleceu. O movimento de tensionar os extremos, o povo está cansado disso”, observou.

Para Paulo Eduardo Gomes (PSOL), a descrença popular na classe política é fruto da não entrega de resultados por parte desta. 

“O povo quando precisa e não recebe o medicamento, ele se pronuncia. Tem que analisar as razões pelas quais 40% dos eleitores, a abstenção foi equivalente à época da pandemia, em 2020. Isso é muito grave. Porque as pessoas estão achando que nós, agentes políticos, não valemos nada. Ninguém acredita em nada. A população acha que somos todos farinha do mesmo saco”, afirmou.

Daniel Marques (PL) credita o descrédito em parte à violência na campanha eleitoral. “Eu vi cada bizarrice. Eu particularmente não vi essa festa como democrática. O desrespeito às regras eleitorais eram dos dois lados”, disse.

Vetos mantidos

O primeiro veto parcial votado era sobre o projeto de lei 306/21, de autoria do vereador Leandro Portugal (MDB), que determina a notificação compulsória de todos os casos confirmados de esporotricose no município. Foi mantido com 11 votos favoráveis e 3 contra. 

O segundo veto foi sobre o projeto de lei 103/24, de Anderson Pipico (PT), mantido com 10 votos a favor e dois contra. 

A proposta autoriza a criação do programa “Passe Livre Digital”, que garante acesso à internet grátis aos estudantes do município. 

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