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A campanha de conscientização para o aleitamento materno, “Agosto Dourado”, tem como objetivo enfatizar o esforço contínuo em educar e apoiar as mães quanto à amamentação, a fim de alcançar as metas de saúde infantil e materna estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na Universidade Federal Fluminense (UFF), esse trabalho é desenvolvido pelo projeto de extensão Apoio Nutricional e Integrativo à Maternidade (Anima), coordenado pela professora da Faculdade de Nutrição, Daniele Mendonça. A iniciativa oferece uma gama de serviços especializados em nutrição e apoio à amamentação, com foco em gestantes, lactantes e na introdução alimentar dos bebês. O atendimento é gratuito e tem como base o bem-estar físico e socioemocional das mães e dos bebês.
O projeto, iniciado em 2021, já atendeu mais de 300 mães e visa preencher as lacunas, deixadas pela pandemia, no acompanhamento nutricional voltado para gestantes e lactantes, oferecendo um planejamento nutricional detalhado e personalizado.
“Como percebemos que apenas a consulta referente à nutrição não dava conta de todas as questões das pacientes, criamos o ambulatório de consultoria de amamentação. Este ambulatório complementa o atendimento nutricional e foca em orientar sobre a amamentação durante a gestação, e apoiar as mães que se deparam com desafios para amamentar, especialmente nos primeiros dias após o parto. Com a demanda das mães quanto à introdução alimentar de seus bebês, criamos um terceiro ambulatório, que foca no acompanhamento da transição do leite materno como principal alimento para o consumo de alimentos sólidos por bebês a partir dos seis meses de idade, garantindo que essa transição seja feita de forma adequada e segura”, explicou a coordenadora.
Para marcar uma consulta no ambulatório, gestantes e lactantes podem acessar o formulário disponibilizado através da página do projeto Anima no Instagram. Esse link é externo e permite que a paciente escolha qual dos três ambulatórios ela quer ser atendida (o de nutrição para gestantes, o de consultoria em amamentação ou o de introdução alimentar do bebê).
Ao acessar o link, a paciente encontra uma lista com as datas e horários disponíveis e pode escolher o que for mais conveniente para ela. A marcação é feita de forma automática, sem a necessidade de ligar ou enviar e-mails. Após a marcação, a paciente passa a ser acompanhada pelo WhatsApp do ambulatório.
A coordenadora do Anima destaca ainda a criação da Sala de Apoio à Amamentação dentro da estrutura da Faculdade de Nutrição. “Percebemos que havia uma demanda crescente, não apenas entre as mães da comunidade externa, mas também dentro da própria universidade. Muitas alunas e professoras que haviam retornado de licença maternidade precisavam de um espaço adequado para extrair leite e continuar amamentando, mas não havia um local reservado para isso. A falta desse espaço as obrigava a tirar leite em banheiros, o que não era adequado nem higiênico”.