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O MDB desistiu de lançar um candidato simbólico para não dar a legitimidade ao processo de eleição indireta, mas a ARENA precisa de popularidade com vistas às eleições para deputados e a senador. Contratou sambistas, esquecida de que o empossado era evangélico, figura austera que invocava o Evangelho e citava Ruy Barbosa, pelos seus conceitos cívico-morais e de amor ao próximo.
A austeridade seria a marca do seu governo.
Apenas 175 votos marcaram a eleição da chapa Geremias Fontes. Nem mesmo o governador Paulo Torre, candidato ao Senado; e o deputado Raymundo Padilha, compareceram ao ato. Do "listão" de nomes envolvidos na disputa indireta, apenas os majores José Bismark e Paulo Biar compareceram à festa que se prolongou até as 22 horas. O grande anfitrião, Geremias, estava ausente tendo ido ao encontro do Arcebispo Metropolitano, Dom Antonio de Almeida Junior e do ainda governador, General Paulo Torres.
O processo eleitoral, em meio a cassações de mandatos, continuava em andamento e a ARENA se concentrava em torno da candidatura do ex-comandante do 3º Regimento de Infantaria, então sediado em São Gonçalo, uma cadeira no Senado Federal.
Elaborando um "testamento maldito" para o futuro governador, Paulo Torres programou renunciar ao Palácio do Ingá a 12 de agosto. Estava programado o mandato interino do vice-governador, o sereno campista Theotônio Araújo. Coincidência: o vice de Geremias, também era campista. Helio Ribeiro Gomes era dono de uma usina e deputado federal.