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O clima é de preocupação entre funcionários e empresas do transporte rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, após a ameaça de redução da frota por conta da alta do preço do Diesel. De acordo com o sindicato que representa a categoria, o Sintronac, o temor é maior no que diz respeito aos efeitos provocados a longo prazo.
Segundo informações do presidente da entidade, Rubens Oliveira, as empresas até o momento não acenaram com a diminuição do número de coletivos nas ruas. Contudo, ele pontuou que, caso isso ocorra, poderá iniciar uma cadeia de eventos que culminariam com o colapso do sistema de transportes rodoviários.
"Em novembro haverá o dissídio da categoria, e o aumento dos combustíveis provoca incertezas nas negociações", pontuou Oliveira. Ele ainda explica que a redução da frota em circulação poderia acarretar em demissões de funcionários. Além disso, que, no caso de Niterói, a única fonte de financiamento do sistema, que é o valor das passagens, não é reajustado há cerca de quatro anos, mantendo-se em R$ 4,05.
Novo reajuste de 8,9% no preço do diesel pode levar à falta de ônibus na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O alerta foi feito pelo Setrerj, o Setransduc e o Transônibus, sindicatos que representam empresas em dez municípios da Baixada Fluminense e na região de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá. O combustível teve um aumento de 47% nas refinarias em 2022.
Segundo comunicado dos sindicatos, a alta agrava a crise econômica e o cenário previsto é de racionamento de combustível, priorizando determinados serviços e linhas de ônibus, em horários de maior movimento. Além disso, se não houver medidas para amenizar o impacto da alta do diesel, os sindicatos pretendem manter a maior parte da frota nas garagens, como opção para amenizar a crise. O que pode vai provocar um impacto direto no deslocamento diário de mais de três milhões de passageiros.