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Um esquema de desvio de recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) é investigado pela Polícia Federal por envolver crimes como peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O caso tem como ponto de partida contratações realizadas por uma organização social entre 2022 e 2024, junto a prefeituras de diversos municípios do Rio de Janeiro, como Duque de Caxias, São Gonçalo, Arraial do Cabo, Saquarema, Cachoeiras de Macacu, Santa Maria Madalena, Cordeiro e Quissamã.
Na manhã desta quarta-feira (10), a Polícia Federal deflagrou a Operação Antracito, com apoio da CGU, para aprofundar as investigações. Policiais federais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Saquarema, Rio Bonito, Santa Maria Madalena e Cachoeiras de Macacu.
De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), os contratos firmados com a entidade somam cerca de R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 91 milhões em recursos federais. Auditorias do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e da própria CGU revelaram graves irregularidades nas contratações, incluindo ausência de seleção objetiva, falta de comprovação de prestação de serviços e direcionamento de contratos, inclusive em favor de empresas recém-constituídas.
A investigação é conduzida pela Delegacia de Polícia Federal em Macaé (DPF/MCE). Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de capitais.