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Moradores denunciam ataques a gatos na Ponta D ´Areia
Animais são de rua e moradores pedem ajuda das autoridades
Moradores denunciam ataques a gatos na Ponta D ´Areia
Foto do autor Leonardo Brito Leonardo Brito
Por: Leonardo Brito Data da Publicação: 10 de setembro de 2025FacebookTwitterInstagram
Momento de ataque aos gatos na Vila/Reprodução
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Uma matilha de cachorros está atacando e matando gatos no bairro da Ponta D'Areia, em Niterói. A reportagem de A TRIBUNA foi ao local e conversou com moradores da Praça Camilo Teixeira de Freitas, ao lado da Vila Pereira Carneiro. Segundo eles, os gatos, que vivem na vila e nas proximidades estão sob ameaça de um grupo de cachorros que segundo os moradores, a suspeita é de que vivem em uma comunidade em Niterói. Tanto esse gato como os cachorros são comunitários, que vivem nas ruas.
 

A advogada Roberta Rodrigues mora no local há três anos e cuida de gatos e cachorros. Ela relata que resgatou um dos gatos mortos. O animal estava agonizando após um ataque e no veterinário foram constatadas lesões que provocaram grande sofrimento nele.

 

Moradora Roberta Rodrigues/Laura Magro A TRIBUNA 


“Em julho eu resgatei uma gata que morreu. Peguei ela, que estava agonizando, levei ao veterinário e lá foi identificado que teve uma perfuração no pulmão, ela estava em grande sofrimento, com o ar saindo de dentro do pulmão. Tudo isso aconteceu por conta uma matilha de cachorros que está se formando e crescendo aqui na região e parece que não é uma situação tão nova, que ocorre na Ponta D´Areia há muitos anos por falta de castração, orientação de guarda responsável de comunidades próximas.”

A moradora Isabelle de Araújo, que cuida de diversos gatos em casa, viu o momento em que um felino, que vive nas proximidades foi atacado pela matilha.

 

Isabelle de Araújo/Laura Magro A TRIBUNA


“Tem acontecido com frequência. Qualquer latido de cachorro eu já fico olhando e duas vezes vi esse gatinho sendo atacado. No desespero eu gritei de cima de casa para afastá-los e na outra vez fizeram uma roda em torno dele e entrei em desespero. Meu marido desceu e conseguiu afastar os cachorros, mas é uma situação angustiante. Queremos uma solução pelo bem-estar tanto dos gatos como também dos cachorros, que precisam de um lar para ter uma situação melhor.”, afirmou.

Roberta já entrou em contato com a Prefeitura através do aplicativo Colab e foi orientada a entrar em contato com o Centro Integrado de Segurança Pública e com a Polícia. Em outro protocolo, a solicitação ficou pendente porque segundo a Secretaria de Saúde, não haveria uma solução cabível para o pedido da moradora. Ela fez um boletim de ocorrência.

 

Gato alvo de ataque/ Laura Magro A TRIBUNA


Roberta cobra ajuda do poder público para fazer o controle populacional ético e o manejo correto para que possa resolver a situação de grave sofrimento dos gatos. Ela ressalta que a ajuda é importante também para os cachorros, para que sejam devidamente cuidados.

“O ideal é ter um protocolo pra atender os animais comunitários, de rua e um protocolo educativo para pessoas da comunidade para que deixem o animal dentro de casa, sem correr riscos. A noite a gente dorme, escuta os latidos dos cães e vai para a rua desesperados achando que é mais um gato morto, estraçalhado na rua. A gente que gosta e que ama animais fica com o coração na mão. É ausência de poder público, de castração e orientação”

 

Gato que vive na vila/Laura Magro A TRIBUNA

Questionada, a Prefeitura de Niterói respondeu em nota que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a Coordenadoria Especial de Direitos dos Animais (CEDA) e a Guarda Municipal realizam ações sempre que demandadas e que nesta quarta-feira (10), uma equipe do CCZ irá ao local para avaliar a situação. A Prefeitura disse que o CEDA promove o controle populacional de cães e gatos por meio da esterilização cirúrgica no Centro de Controle Populacional de Animais Domésticos (CCPAD) e no Castramóvel, com mais de 10 mil cirurgias já realizadas. Além disso, promove ações educativas de conscientização contra maus tratos e a implantação de microchips em todos os animais que são castrados e que oferece 50 consultas veterinárias mensais para tutores de cães e gatos beneficiários da Moeda Social Arariboia e de pessoas com renda comprovada de até três salários mínimos. 
 

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