A TRIBUNA fez contato com o Ministério da Saúde indagando se está nos planos do governo incluir a vacina contra herpes-zóster na imunização gratuita do SUS.

O Ministério informou que a inclusão da vacina contra herpes-zóster no Sistema Único de Saúde (SUS) está em análise pela Câmara Técnica Assessora em Imunização (CTAI) do Ministério da Saúde, que avalia a possibilidade de ofertar o imunizante para pessoas imunossuprimidas a partir dos 50 anos. 

O processo para introdução de um novo imunobiológico no SUS inclui, além da análise da CTAI, a submissão à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec), avaliação de viabilidade e discussão nos grupos técnicos tripartite.

Dores lancinantes

Herpes zoster é uma doença viral caracterizada por erupções cutâneas dolorosas com bolhas e que afeta uma área de pele reduzida. Geralmente a erupção cutânea ocorre num dos lados do corpo ou da face ao longo de uma faixa. 

Entre dois a quatro dias antes da erupção pode verificar-se dor ou formigueiro na área, não existindo praticamente outros sintomas para além destes. A erupção cutânea geralmente resolve-se sozinha ao fim de duas a quatro semanas.

No entanto, algumas pessoas sentem dores lancinantes nos nervos que podem durar de meses a anos, uma condição denominada nevralgia pós-herpética. 

Em pessoas com o sistema imunitário debilitado, a doença pode-se espalhar pelo corpo todo. Quando a erupção afeta o olho, pode ocorrer perda de visão.

O Ministério da Saúde orienta que pessoas com erupções cutâneas pápulo-vesiculares no rosto, couro cabeludo ou tronco, febre e mal-estar procurem atendimento médico para diagnóstico e tratamento dos sintomas. 

Recomenda-se também a higiene adequada da pele com água e sabonete, além do corte regular das unhas.