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Inflação fica negativa pela primeira vez no ano
IPCA foi publicado nesta terça-feira (10) pelo IBGE
Inflação fica negativa pela primeira vez no ano
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Por: Redação Data da Publicação: 10 de setembro de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, foi de -0,02% em agosto, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a primeira vez em 2024 que o índice foi negativo.

Em relação ao mês de julho, houve uma queda de 0,40 ponto percentual (p.p.), quando o IPCA avançou 0,38%. A última vez que o Brasil registrou um mês de inflação negativa foi em junho de 2023, quando a taxa foi de -0,08%. No ano, a inflação acumulada é de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%.

O resultado foi influenciado pela queda em Habitação (-0,51%), após redução nos preços da energia elétrica residencial (-2,77%), e Alimentação e bebidas (-0,44%), com a segunda queda consecutiva da alimentação no domicílio (-0,73%).

O gerente da pesquisa, André Almeida, destaca a mudança de bandeira tarifária da energia como fator preponderante para explicar o resultado de queda do grupo Habitação. “A principal influência veio de energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, pontua.

No grupo de Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho.

O grupo Transportes (0,00%) registrou estabilidade, em grande parte, por movimentos de preços em sentidos opostos em seus principais subitens. Em relação aos combustíveis (0,61%), gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%) apresentaram altas, enquanto o etanol recuou 0,18%. Além disso, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,93%).

Regionalmente, sete Unidades Federativas (UF) pesquisadas apresentaram resultados positivos e oito, negativos. A maior variação foi 0,18% em Porto Alegre, influenciada pela alta na passagem aérea no estado (21,59%), e a menor de -0,54% em São Luís, por conta de recuos na energia elétrica residencial (-4,52%). O Rio de Janeiro apresentou taxa negativa, um pouco abaixo da média nacional (-0,08%).

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