O Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF) realizou sua primeira denervação renal, uma técnica indicada para pacientes com hipertensão arterial resistente, quando os medicamentos isolados não são suficientes para o controle da pressão arterial.

De acordo com o médico responsável pelo procedimento, Ronaldo Gismondi, a técnica não substitui o tratamento contínuo, mas oferece um avanço no controle da doença, especialmente em pacientes que necessitam de múltiplos medicamentos. “É como um remédio para a pressão, mas não cura a hipertensão, apenas ajuda a controlá-la”, afirma.

A denervação renal é realizada por meio de um cateter inserido na artéria femoral, que aplica energia de radiofrequência para reduzir a atividade dos nervos simpáticos, responsáveis pela regulação da pressão arterial. O procedimento, segundo o médico André Sousa, proporciona um controle mais eficiente da hipertensão. Além disso, o impacto da técnica pode durar mais de cinco anos.

Minimamente invasivo, o procedimento permite uma rápida recuperação, com o paciente podendo retomar suas atividades diárias em pouco tempo. Entretanto, como qualquer intervenção médica, apresenta riscos baixos, como sangramento e dor lombar. Exames prévios são necessários para garantir a segurança da técnica.

O residente de Clínica Médica Hugo Rodrigues destaca que a denervação renal representa um avanço no tratamento da hipertensão resistente, podendo reduzir o número de medicamentos necessários e melhorar a adesão ao tratamento.

Embora validada pela ANVISA, a técnica ainda está sendo incorporada de forma gradual, e o Huap planeja expandir o serviço conforme surgirem novos casos. Com a realização desse procedimento, o hospital fortalece suas opções terapêuticas no controle da hipertensão.