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Funcionários de instituições federais de ensino se reuniram no Centro do Rio, nesta quarta-feira. Eles caminharam da Candelária à Cinelândia, em ato pela reivindicação de reestruturação da carreira, recomposição orçamentária e reajuste salarial.
Estavam presentes servidores da UFRJ, UFF, UFRRJ, UNIRIO, CEFET, IFRJ, IFF e Colégio Pedro II. A Tribuna esteve no local e conversou com alguns funcionários, que confirmaram que servidores da área administrativa estão em greve desde 11 de março.
O sindicado do corpo docente dessas instituições terá uma reunião no dia 9 de abril, para confirmar o indicativo de greve no dia 15. Porém, segundo relatos ouvidos pela reportagem, há resistência, principalmente na UFF.
A Tribuna conversou com docentes da UFRJ, da Rural e do Colégio Pedro II, que enfatizaram a necessidade de greve. No fim do ato, o CEFET confirmou a paralisação das atividades.
“Nosso plano de carreira vai fazer 20 anos. Nós estamos há sete anos sem reajuste e ocupamos a tabela mais baixa do serviço público. Há técnicos na nossa carreira que não chegam a ganhar dois salários mínimos, e a nossa carreira está defasada, já que tem 20 anos. Os motivos da nossa greve são: recomposição salarial, reestruturação da carreira e a recomposição do orçamento nas instituições públicas, porque a universidade está à mingua há muito tempo e continua na mesma situação. No caso da UFF, temos uma redução de R$ 7 milhões, em um orçamento que já era baixo. Se continuar deste jeito, as instituições não vão mais conseguir funcionar, daqui a alguns meses, porque não haverá dinheiro”, declarou Lúcia Vinhas, da coordenação geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense.
Além dos funcionários, também havia a presença de muitos alunos das instituições presentes e de outros setores do funcionalismo público federal.