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O Flamengo se manifestou sobre as notícias que o atacante Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal por envolvimento em esquemas de apostas. Em novembro do ano passado, a PF confirmou que estava investigando o atleta por forçar um cartão amarelo e beneficiar apostadores. Na noite desta terça-feira (15), o jogador foi indiciado, segundo informações publicadas primeiramente pelo jornal Metrópoles.
Além do atleta, outras dez pessoas foram indiciadas, incluindo membros da família de Bruno Henrique. De acordo com a divulgação do jornal, a PF analisou quase 4 mil conversas no celular do atacante, incluindo com o seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, que falava sobre o cartão amarelo que Bruno Henrique tomou em novembro de 2023, contra o Santos.
Através de uma nota, o Flamengo se manifestou acerca das notícias envolvendo o nome de um dos seus principais jogadores, dizendo que ainda não havia sido informado oficialmente sobre os fatos e que apoiava o fair play desportivo, mas defende a presunção de inocência do atleta.
“O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique. O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito.” Disse o clube.
A suspeita de manipulação ocorreu na partida entre Flamengo e Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro do ano passado, disputada no dia 1º de novembro de 2023. Na ocasião, Bruno Henrique levou um cartão amarelo aos 50 minutos do segundo tempo após fazer falta em Soteldo. Em sequência, o atacante Rubro-Negro reclamou acintosamente com o árbitro Rafael Klein e levou o segundo amarelo, sendo expulso da partida.
O jogador e seus familiares foram alvos de uma operação que visava cumprir mandados de busca e apreensão em novembro do ano passado, onde foram apreendidos computadores e celulares.
Em agosto do ano passado, o caso foi levado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas o órgão entendeu que os relatos não eram suficientes para a instauração de um inquérito.
Porém, A TRIBUNA confirmou que, na noite desta terça (15), o STJD requereu à Polícia Federal o compartilhamento de todo o material probatório coletado pelas autoridades de persecução penal com os poderes que lhes são ínsitos.